a noite de ontem foi um desastre. a tosse da pequena não deixou dormir ninguém, especialmente ela, que quase sufocava entre cada ataque. maldita -ite qualquer coisa que ataca as flores de estufa no inverno. o pai foi lá quinhentas vezes, tapou, destapou, pôs travesseiro, tirou travesseiro, sentou-a, deitou-a de lado. e nada. quando o despertador tocou ainda o sol não tinha nascido, foi buscá-la e trouxe-a para a nossa cama. bebeu uma caneca de leite e tomou o anti-biótico. depois sossegou. e assim ficámos as duas, num mimo matinal, até despontarem uns raios de sol pela janela. e não foi à escola, para que não viesse de lá pior do que o que está. ficar em casa com a minha patanisca é uma das minhas coisas preferidas. ela faz brincadeiras. eu leio, viajo pela net, procuro novas coisas. ela vê televisão, faz uns trezentos disparates num quarto de hora, eu ralho trezentas vezes num quarto de hora, prometo castigos, invento histórias, limpo ranho, dou agua e resisto à chantagem emocio