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Seattle Grace vs. Um qualquer hospital português

(para quem desconhece do que falo, trata-se do hospital que serve de cenário à série Grey's Anatomy - e quem não vê é uma batata podre! - e gostava de fazer aqui um pequeno reparo ao episódio 15 da temporada 7, intitulado «Golden Hour»)

Ora, andava a Meredith (que é a gaja gira que está casada com o McDreamy {suspiros}), a comandar as urgências do Seattle Grace e tudo se desenrola no espaço de uma hora. Daí o título do episódio. E é aqui que a realidade, que muitas vezes se quer escarrapachada neste tipo de séries, para dar credibilidade à coisa, foi passada com uma grande pinta para segundo plano. Senão, vejamos:
Numa hora, tratam-se os casos de um homem que entra com azia, faz dois rx's e um tac, descobrem-lhe um problema na aorta e operam de urgência, ao que ele não se safa porque já foi descoberto tarde! Num qualquer hospital português, uma hora seria a primeira de umas sete ou oito que o desgraçado teria de esperar na sala de espera, porque ninguém é atendido de urgência quando se vai queixar de azia!
Numa hora, os pais de uma criança desesperam para que um médico coloque gesso na perna do menino, que está cheio de dores, no meio de todas as outras pessoas adultas doentes. Ao menos em Portugal, existem as urgências pediátricas, onde as crianças esperam com crianças..
Numa hora, entra um bêbado com outro bêbado, sendo que o primeiro trás uma faca espetada na cabeça (!), mas vem a rir e pelo seu próprio pé, a pedir que se despachem porque quer ir assistir ao jogo. Ora, em Portugal, um cenário destes era obra para parar por completo as Urgências, ou quiçá todo o pessoal médico do hospital, que se deslocariam ao doente para dar palpites ou quanto muito só olhar! O que é inédito é que, para além de o amigo bêbado lhe ter retirado a faca sem qualquer tipo de problema, enquanto a fabulosa equipa do Seattle estava distraída e do senhor nem sequer ter ficado em observações, ao fim de uma hora lá vão eles todos contentes, para o bar mais próximo ver o jogo.
Conclusão: aquele hospital, apesar de muitas desgraças que acontecem, é um verdadeiro milagre!

Comentários

. disse…
Muito bom este post (como já +e hábito)! ;))

Beijinhos Rita*

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... mesmo que depois de um interregno de quase 3 anos. Podia contar a história daquela que foi ali comprar tabaco e nunca mais apareceu. Poupo-vos o melodrama. No meu caso, é mais a história daquela a quem a vida se voltou de pernas para o ar, que sem saber como nem porquê, vim parar ao médio oriente e já por aqui ando há quase dois anos.  Nos entretantos, traí o blogger com o Wordpress. Relações modernas. Nada de mais. É que lá estava mais à vontade para falar da vida de emigrante. Mas, não há amor como o primeiro [dizem], bateu uma saudade imensa. Vim aqui de soslaio, só naquela de ver se ainda sentia a química. Nem de propósito ser o primeiro dia do ano e, tal e qual uma ressacada, não resisti em reacender a chama. Se é para toda a vida, até que a morte nos separe? Não sei. Talvez. Quem sabe. Até agora estamos a ganhar ao José Carlos Pereira e à Liliana Aguiar no junta-separa. 

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