A minha tia que, neste preciso momento está de papo pró ar em Cabo Verde, faz hoje 50 anos. Caramba! Cinquenta. Eu que nem com trinta me via - y aqui estoy! - não imaginava a hora de aquela mulher com metro e meio e mais genica no sangue que uma gaiata de quinze, chegasse ao meio século. Dito assim, parece uma catrefada de anos, imaginamos uma pessoa com lenço na cabeça e avental, rugas na cara e nas mãos. Mas não. A minha tia é moça para dançar uma noite inteira na Kadoc. E aos 50 bem vividos consegue sempre dar a volta por cima, porque não é rapariga de baixar os braços. E é isto: admiro-a e amo-a com toda a força que este corpinho tem.
... mesmo que depois de um interregno de quase 3 anos. Podia contar a história daquela que foi ali comprar tabaco e nunca mais apareceu. Poupo-vos o melodrama. No meu caso, é mais a história daquela a quem a vida se voltou de pernas para o ar, que sem saber como nem porquê, vim parar ao médio oriente e já por aqui ando há quase dois anos. Nos entretantos, traí o blogger com o Wordpress. Relações modernas. Nada de mais. É que lá estava mais à vontade para falar da vida de emigrante. Mas, não há amor como o primeiro [dizem], bateu uma saudade imensa. Vim aqui de soslaio, só naquela de ver se ainda sentia a química. Nem de propósito ser o primeiro dia do ano e, tal e qual uma ressacada, não resisti em reacender a chama. Se é para toda a vida, até que a morte nos separe? Não sei. Talvez. Quem sabe. Até agora estamos a ganhar ao José Carlos Pereira e à Liliana Aguiar no junta-separa.
Comentários
Pelo meio século :o)
E ainda bem que a tia da Rita sabe viver a vida, com genica e vontade de sorrir.
Tenho a certeza que vai voltar daquela ilha salgada muito mais jovem :o)))
Baci*