Imaginem que estão a assistir a uma prova de selecção, juntamente com os responsáveis dos recursos humanos, para seleccionar pessoas que vão trabalhar sobre a vossa alçada. Agora imaginem uma sala com uns vinte candidatos. Nós, os dos lugares descansados, observamos os exercícios propostos, a dinâmica da coisa, vamos tomando notas, avaliando. Eles, os dos lugares em risco, tentam mostrar aquilo que valem, que são, o que conhecem e até que ponto estão empenhados em conseguir um emprego. Porque é mesmo disso que se trata, ou não estariam ali para outra coisa. E é aqui que eu quero chegar com isto tudo. Parece-me que há por aí muito boa gente que quando se candidata a um lugar, deve achar que só pelo simples facto de se mostrar fisicamente, o empregador só teria mesmo de se ajoelhar a seus pés e promovê-lo logo ali. Ou não teriam a coragem de não dizer coisa com coisa numa prova de selecção. É como, pura e simplesmente, não abrir o pio, quando o lugar se trata de ser locutor de...