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Gravidez não é doença. Pois não. E depois?

A quantidade de gente que me olha de lado quando digo que não ponho um pé no trabalho, nem por dez segundos, enquanto estiver grávida. Ah e tal, gravidez não é doença. Pois não. E depois? Se eu quero, posso e mando (mais cá faltava!), porque razão não hei-de fazer o que me dá na gana? Se não penso na crise? Penso. Se não penso na falta de dinheiro? Claro. Se não penso na produtividade e na quantidade de gente que gostava de ter um emprego e eu tenho e abuso da minha condição de «prenha», para me desculpar? Oh então não penso? Não durmo a pensar nisso. E chamem-me egoísta, ignóbil, o que quiserem, que eu deixo. 
Na minha primeira gravidez trabalhei até ao oitavo mês. Agosto e eu, que parecia um elefante fardado, sofri como Maria Madalena, não tinha pés, tinha melancias. Não andava, rebolava. Fazia 120km para ir trabalhar e regressar a casa. Trabalhava oito horas de seguida, arrastando-me sim, mas estava lá. Mas todo este esforço, porque a minha gravidez era santa, sem problemas. Um mar de rosas.
Depois de dois abortos espontâneos e de terem acontecido mais 7 (!) entre as minhas colegas, ficas a pensar que alguma coisa está mal ali. Radiação, stress, a vida por turnos, má alimentação, o diabo a quatro. Quem passa por elas é que sabe. Por isso, assim que soube que tinha sido abençoada, uma vez mais, a tentar colocar uma vida no mundo, nem sequer pensei duas vezes. Eu fico em casa toda a gravidez, se assim Deus quiser. E estou-me (sinceramente) nas tintas para o que os outros acham.

Comentários

. disse…
Muito gostam as pessoas de mandar bitaites para o ar. De julgar, de criticar (muitas vezes sem disfarçarem sequer a "cara-de-pau" que têm). Não suporto mesmo isso. Cada um vive e faz da vida o que quer. E tu Rita, se entendes fazer as coisas dessa forma, fazes. Cada um sabe de si, e tu sabes da tua vida.
Não podia estar mais de acordo com este texto. ;]

Parabéns pela gravidez Rita! ;]

Beijinho grande e óptimo domingo*
Unknown disse…
e fazes muito bem ... de ti sabes tu e mais ninguém :)

btw, a missglitering já sabe do teu post ... e disse-me que vai fazer referência no seu blogue ;)
**
Rita disse…
Obrigada meninas! Thks Mari, pelo recado à M. G. !! :)
Um beijinho as duas e um óptimo domingo!
Unknown disse…
Fazes tu muito bem.
A minha primeira gravidez foi a trabalhar ate a 8ºMês porque foi obrigada pelos medicos a ir para casa.
Na proxima graviez foi fazer de tudo para ficar em casa a relaxar e nem quero saber o que outros pensam.

Eu acho imensa piada pessoas a dizer e acham se melhores que outras que trabalham até ao fim da gravidez.

Eu concordo e dou conselhos a muitas futuras mamas e que devem por baixa para relaxar e preparar melhor para o parto.

Fazesbem Rita aproveita

Bjstos

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A boa filha à casa torna..

... mesmo que depois de um interregno de quase 3 anos. Podia contar a história daquela que foi ali comprar tabaco e nunca mais apareceu. Poupo-vos o melodrama. No meu caso, é mais a história daquela a quem a vida se voltou de pernas para o ar, que sem saber como nem porquê, vim parar ao médio oriente e já por aqui ando há quase dois anos.  Nos entretantos, traí o blogger com o Wordpress. Relações modernas. Nada de mais. É que lá estava mais à vontade para falar da vida de emigrante. Mas, não há amor como o primeiro [dizem], bateu uma saudade imensa. Vim aqui de soslaio, só naquela de ver se ainda sentia a química. Nem de propósito ser o primeiro dia do ano e, tal e qual uma ressacada, não resisti em reacender a chama. Se é para toda a vida, até que a morte nos separe? Não sei. Talvez. Quem sabe. Até agora estamos a ganhar ao José Carlos Pereira e à Liliana Aguiar no junta-separa. 

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