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Mensagens

A mostrar mensagens de janeiro, 2015

Os Homens têm é Medo.

Aquilo que mais me lixa, enquanto mulher, é que me subestimem. Em todos os sentidos. Mas, se na nossa esfera familiar ou social, facilmente conseguimos inverter a situação, no meio profissional a cantiga já é outra. Faço o mesmo, ou talvez melhor, que muitos dos homens que estão acima de mim. No entanto, enquanto mulher não sou valorizada. E digo enquanto mulher porque, a minha avaliação de desempenho profissional é claramente superior à de homens colegas que são promovidos ou ocupam lugares de chefia. Logo, a descriminação só pode ser sexista. Senti logo esse dedo inquisidor quando engravidei pela primeira vez. Se soubesse o que sei hoje, outro fado tinha sido cantado. Infelizmente, a ingenuidade e a falta de calo não me deixaram fazer o que seria o correcto. Hoje, arrependo-me. A verdade é esta: em pleno seculo vinte e um, a mulher ainda é vista como uma submissa, como um apêndice ou como uma profissional de segunda. Vergonhoso, não é? Analisando bem os números, a f...

Parentalidade [mesmo muito] Positiva

Cada vez que visito o blog dela , fico com a alma feliz. É uma espécie de consolo. Não sei bem como exprimir, mas anda perto do conforto e da alegria imensa de poder «fazer parte» daquelas histórias contadas através das fotografias. Não tenho a menor dúvida: aquelas duas crianças, aquela família, todos eles, são imensamente felizes. E ela faz tudo para os educar da melhor maneira. À maneira dela, deles, de uma forma tão deliciosa, tão genuína, com um amor que transborda em cada letra, em cada sorriso que ela fotografa. Gosto tanto, tanto. Tenho a certeza que a Maria e o Miguel hão-de ser seres humanos fantásticos.   E é isto que a blogosfera tem de melhor. Sem os conhecer fisicamente, são um exemplo que gostaria de seguir. Sem saber quem são ou onde estão, tenho carinho por eles. Fico com o coração cheio e com a certeza de que existe [ainda mais] gente boa por aí.   eu, ele, a maria e o miguel. »

10 anos e picos depois..

Hoje reencontrei um ex-colega de curso do marido. Já não o via há mais de dez anos. Senti o peso do tempo, confesso. Pela primeira vez, aconteceu-me aquela sensação de já ter passado tanto tempo e, sem ter dado por isso, o peso desse tempo deixou marcas. Eu acredito que ele possa ter pensado o mesmo sobre nós, mas vê-lo de cabelo grisalho deixou-me a pensar.. Uma vida se passou nestes entretantos. Formamos família, chegam os filhos, o trabalho deixa-nos mais velhos, a idade vai avançando. Quando é que isto tudo aconteceu e eu nem dei conta?   Fico com a certeza de que se organizássemos um jantar daqueles, de ex-colegas, dez anos depois, as surpresas iam acontecer. E eu que me olho ao espelho e continuo a achar que tenho vinte anos?
  Não me dou bem com o frio. Não suporto. Ando sempre encolhida, tipo velha corcunda, a bater o dente. Não gosto do inverno. Nunca sei bem se a roupa que visto aos miúdos chega para lhes tirar o frio. Se pudesse bania o vento gelado das condições atmosféricas. Ainda hão-de me dizer que falta faz o vento gelado à nossa existência. Não suporto andar gelada: mãos, nariz, bochechas, pés. Odeio. Não se consegue andar bem em lado nenhum. Andamos sempre a fungar do nariz. Os dias são mais pequenos mas parecem durar eternidades. Comemos mais, logo engordamos mais. Podia fazer aqui um post todo bonitinho, homenageando a neve, os gorros e os polares quentinhos. Fazia alusões ao romantismo de uma lareira e sonhava com férias num chalé nos Alpes. Seria hipócrita! Sou algarvia. O meu mundo é feito de sol e calor. Fui criada com os pés dentro de água e com a pele bronzeada. Poupem-me. Estou farta do termómetro marcar menos de 20º. Não fui feita para este frio!

O peso do tempo

Cinco meses se passaram. Cinco. Passou o fim do verão, o regresso às aulas, o natal e o fim de ano. Começou um ano novo, um novo ciclo. 2015 promete ser em grande. Aqui, o pó assentou. Não se escreveu, não se sentiu, não se mostrou a alma. As palavras não saíram e o eco do silêncio foi-se perdendo com os dias.   Eu nunca sei bem porque razão vou e volto. Porque tenho esta mania de abandonar as palavras por uns tempos. Não sei se esta coisa da escrita tem ciclos. Apenas me afasto e espero que a vontade volte.   Nestes cinco meses fiz anos. 36. E deu-se-me uma espécie de pânico nostalgia por sentir o tempo a escorrer pelos dedos. Estou a dois pares de anos dos quarenta. Os quarenta são os novos trinta, não são? E ainda no outro dia me davam 30 anos, mais coisa menos coisa. Dizem que estou bem conservada, que me cuido. Eu suspiro e encolho os ombros. Não, não me cuido tanto como deveria. Tenho sorte de ter uma pele minha amiga e tenho cara de moça pequena. Já não é...