Este fim de semana não temos o nosso homem em casa. O trabalho fala mais alto. De qualquer maneira, nada nos impede de fazermos coisas juntas. Hoje, por exemplo, levantámos o rabo da cama, já batiam os ponteiros nas dez e meia da manhã. Depois do pequeno-almoço (demorado, que a pequena é uma pequena lesma a mastigar), lá fomos até à rua, apanhar ar, sol e fomos até ao senhor das revistas. Gentilmente cravada para mais uma revista do Ruca, lá viemos para casa. Horas de fazer o almoço, de ir pondo algumas coisas no lugar enquanto ainda tenho forças para me ir mexendo. Bom dia, preguiça. Bom domingo, minha gente!
Ele era um colega, que hierarquicamente estava abaixo de mim. Entrou uns anos depois de mim para esta empresa. Foi galgando lugares enquanto um macaco come uma banana. Não me perguntem como, nem porquê. Eu desconfio, mas ia ter de dizer muito palavrão para me justificar, portanto permanecerei uma senhora de bico calado. De lugar em lugar, de tarefa em tarefa. Pouco me importa se tem a língua negra de tanta bota engraxada, se tem dificuldade em sentar-se ou se comeu o pão que o diabo amassou. Desde que ele não me prejudique, ele lá e eu aqui, e amiguinhos como dantes. Mas quando a verborreia atinge patamares de superioridade, não há como passar despercebido. Uma pessoa pode ignorar, mas e conseguir? É como tentar ignorar um mosquito a meio da noite, no quarto. Tu bem tentas, mas é mais forte que tu. A criatura vai fazer uma apresentação numa reunião. Já de si, a situação tinha aqui material de sobra para que o Ricardo Araújo Pereira fizesse um brilharete. O ser está incha
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