E foi tudo tão bom.. almoço fora, passeio pelo shopping para tirar as fotos que a pequena precisa para a escola (ficou linda, by the way) e a surpresa de uma oferta especial. Mr T. abriu os cordões à bolsa e ofereceu-me duas túnicas para os dias que se avizinham: quentes. E eu a necessitar de quilómetros de pano para tapar a barriga que cresce cada dia que passa. E, claro, um mimo extra no dia da mãe, cai sempre bem. No fim do dia, pai e pequena divertem-se na praceta entre os insectos e a bicicleta, enquanto eu procuro a agulha no palheiro: onde raio pus eu os sacos com a roupa de bebé dela? Algures aqui na garagem (deixou de ser garagem para ser 'arrecadação'), mas não sei onde, propriamente. São tantos os sacos iguais, que tenho de abrir todos. Agora imaginem o tempo que se fica a ver e remexer em coisas que em tempos achámos que não nos faziam falta em casa, mas agora que as reencontrámos, achamos que foi a descoberta do ano.. e elas voltam lá para casa outra vez..
Uma pessoa cultiva amizades, faz por elas, muitas vezes, mais do que pela própria família; alteramos planos, mudamos vidas, fazemos das tripas coração para estar presente. Não fiz o que fiz por desejar algo em troca, porque quando achamos que há amizade, não precisamos esperar nada em troca.. ultimamente, vou espreitar o facebook e as minhas queridas amigas, na minha ausência (será?), parece que me substituíram muito rápido. Não fui eu que desapareci. Nos meus piores momentos, elas é que não estiveram lá. E hoje, que passo os dias sozinha, sempre à espera que o marido e a filha cheguem a casa para ter com quem conversar, ninguém (mas mesmo ninguém, impressionante!) me chega à porta.. Ando cansada, mesmo cansada de esperar e de acreditar que as pessoas tem as vidas ocupadas. Porra, existem dias de folga, existem telefones, eu não me mudei para a China..
Comentários