E foi tudo tão bom.. almoço fora, passeio pelo shopping para tirar as fotos que a pequena precisa para a escola (ficou linda, by the way) e a surpresa de uma oferta especial. Mr T. abriu os cordões à bolsa e ofereceu-me duas túnicas para os dias que se avizinham: quentes. E eu a necessitar de quilómetros de pano para tapar a barriga que cresce cada dia que passa. E, claro, um mimo extra no dia da mãe, cai sempre bem. No fim do dia, pai e pequena divertem-se na praceta entre os insectos e a bicicleta, enquanto eu procuro a agulha no palheiro: onde raio pus eu os sacos com a roupa de bebé dela? Algures aqui na garagem (deixou de ser garagem para ser 'arrecadação'), mas não sei onde, propriamente. São tantos os sacos iguais, que tenho de abrir todos. Agora imaginem o tempo que se fica a ver e remexer em coisas que em tempos achámos que não nos faziam falta em casa, mas agora que as reencontrámos, achamos que foi a descoberta do ano.. e elas voltam lá para casa outra vez..
Ele era um colega, que hierarquicamente estava abaixo de mim. Entrou uns anos depois de mim para esta empresa. Foi galgando lugares enquanto um macaco come uma banana. Não me perguntem como, nem porquê. Eu desconfio, mas ia ter de dizer muito palavrão para me justificar, portanto permanecerei uma senhora de bico calado. De lugar em lugar, de tarefa em tarefa. Pouco me importa se tem a língua negra de tanta bota engraxada, se tem dificuldade em sentar-se ou se comeu o pão que o diabo amassou. Desde que ele não me prejudique, ele lá e eu aqui, e amiguinhos como dantes. Mas quando a verborreia atinge patamares de superioridade, não há como passar despercebido. Uma pessoa pode ignorar, mas e conseguir? É como tentar ignorar um mosquito a meio da noite, no quarto. Tu bem tentas, mas é mais forte que tu. A criatura vai fazer uma apresentação numa reunião. Já de si, a situação tinha aqui material de sobra para que o Ricardo Araújo Pereira fizesse um brilharete. O ser está incha
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