Como eu tenho saudades dos domingos de criança. O dia em que comíamos cozido à portuguesa, em que me punha a pé para a missa ao meio-dia, em que a sirene dos bombeiros tocava com os sinos para anunciar que estava quase na hora; das tardes passadas no jardim a andar de bicicleta e das tartes de maça da pastelaria do Sr. Pide (sim, o senhor tinha sido bufo da pide e ficou com a alcunha até hoje!). Dos domingos de sol em que íamos brincar até à praia verde e bebia leite de chocolate. Como eu tenho saudades do cheiro daquela casa grande, do sótão, de brincar às princesas. Como eu tenho saudades daqueles tempos, em que fui feliz.
... mesmo que depois de um interregno de quase 3 anos. Podia contar a história daquela que foi ali comprar tabaco e nunca mais apareceu. Poupo-vos o melodrama. No meu caso, é mais a história daquela a quem a vida se voltou de pernas para o ar, que sem saber como nem porquê, vim parar ao médio oriente e já por aqui ando há quase dois anos. Nos entretantos, traí o blogger com o Wordpress. Relações modernas. Nada de mais. É que lá estava mais à vontade para falar da vida de emigrante. Mas, não há amor como o primeiro [dizem], bateu uma saudade imensa. Vim aqui de soslaio, só naquela de ver se ainda sentia a química. Nem de propósito ser o primeiro dia do ano e, tal e qual uma ressacada, não resisti em reacender a chama. Se é para toda a vida, até que a morte nos separe? Não sei. Talvez. Quem sabe. Até agora estamos a ganhar ao José Carlos Pereira e à Liliana Aguiar no junta-separa.
Comentários
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Eu falo por mim...entao eu que sou uma saudosista de primeira :o)
Baci*querida