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as razões que me levam a ponderar fazer as malas e partir..

Não tenho médico de família, já lá vai para não sei quantos anos. No outro dia, ouvi o senhor ministro da saúde dizer que isso era impossível, que há médicos que cheguem para todos. Pelos vistos não há, senhor ministro. Tenho de recorrer a uma consulta de recurso cada vez que preciso de alguma coisa, claro, se não quiser ir deixar os olhos da cara no privado. Ontem tinha de ir tratar da minha baixa e surpresa!, não havia médico. Hoje voltei de manhã cedo e surpresa!, não havia médico. Vou voltar esta tarde sem certeza de  aparecer uma alma que tenha estudado medicina e que faça o obséquio de olhar para a minha barriga, constatar que estou grávida e me prorrogue a baixa. A senhora administrativa encolheu os ombros e disse não saber se ou quando haverá um médico.. mas não é por falta da existência deles, é porque têm outras coisas que fazer, portanto vão faltar. Este país mete dó.

Comentários

Anónimo disse…
Vim hoje ter ao teu blog, lá está, por clicar no link noutro blog. Li alguns posts e gostei.

Gostei de ler que ainda há mais gente como eu, que acha que as pessoas deviam saber viver em sociedade e não sabem, que deviam olhar à volta e perceber que não estão sozinhas, que deviam conseguir ver para além das suas próprias necessidades e do "salve-se quem puder".

Gostei de ler sentimentos, ideias, não pretensiosos, não pseudo-intelectuais mas também não demasiadamente fúteis ("futilidade" q.b. também dá graça à vida :))

Gostei daquilo que transpareces. Parabéns!

E muitos parabéns pelos teus meninos, a que já está cá fora e o que vem aí! Felicidades!
Anónimo disse…
Como te compreendo Ritinha!
Baci*querida
Dina disse…
Não sei se é mesmo verdade, porque felizmente tenho médico de família. Mas uma amiga estava na mesma situação do que tu e disse-me que quando se está grávida, o centro de saúde é obrigado por lei a dar-te médico de família. No caso dela, o marido teve que armar lá um pouco barraca mas depois conseguiu logo ;)
ma66ie disse…
Bem vinda ao clube! Também não tenho médico de família... dizem que a saúde é um direito nosso... pelos vistos não é para todos!!
Rita disse…
Obrigada Susana! Volta sempre! :)
Um beijinho grande!!

Dina: não sei se será igual em todos os lados.. a mim, uma vez que tenho uma gravidez de risco e sou seguida pela especialidade (no privado), nunca me deram outra opção.. Cada vez que, mensalmente, tenho de ir renovar a baixa, tenho este tormento.. :S

Beijinhos às meninas todas! :)
Turista disse…
Querida Rita, eu também não tenho médico de família. E um destes dias tive que ir parar às urgências de um hospital, devido a uma cólica renal. Depois de um internamento, veio a pergunta sagrada: quem é o seu médico de família? E a minha resposta, foi verdadeira: não tenho!
Resposta do médico do hospital: minha senhora, isso é impossível! Em Portugal toda a gente tem médico de família!!
Como eu me desatei a rir na cara do jovem médico e lhe disse que não vivemos no mesmo Portugal, ele virou-me as costas e foi-se embora! :S
Agora, se ainda tiveres paciência para isto, como tu também és uma querida, tens um "grande" desafio lá na Turista, sim?
Ah, e continuo sem médica de família!!!
Unknown disse…
olha uma coisa ... e para os teus lados não há assim uma espécie de associação familiar? ... por cá tenho o mesmo problema com os médicos de família, mas consegui uma associação onde pago quotas (uma pechincha, 24€ / ano) e tenho médicos de clínica geral todos os dias com preços muito semelhantes ao público (as especialidades são mais caras, mas ainda assim bem mais baratas que no privado... procura, não custa tentar ;)
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A boa filha à casa torna..

... mesmo que depois de um interregno de quase 3 anos. Podia contar a história daquela que foi ali comprar tabaco e nunca mais apareceu. Poupo-vos o melodrama. No meu caso, é mais a história daquela a quem a vida se voltou de pernas para o ar, que sem saber como nem porquê, vim parar ao médio oriente e já por aqui ando há quase dois anos.  Nos entretantos, traí o blogger com o Wordpress. Relações modernas. Nada de mais. É que lá estava mais à vontade para falar da vida de emigrante. Mas, não há amor como o primeiro [dizem], bateu uma saudade imensa. Vim aqui de soslaio, só naquela de ver se ainda sentia a química. Nem de propósito ser o primeiro dia do ano e, tal e qual uma ressacada, não resisti em reacender a chama. Se é para toda a vida, até que a morte nos separe? Não sei. Talvez. Quem sabe. Até agora estamos a ganhar ao José Carlos Pereira e à Liliana Aguiar no junta-separa. 

isto faz o meu estilo #4