Afinal de contas, cinco anos se passaram. Viver assim não é para ninguém. Não quero mais, não permito mais, não me exponho mais a esta dor que é a tua falta. Se quisesses estarias aqui, se fosses mais humano, mais racional, menos egoísta e rancoroso. E para mim isto é um basta, um ponto final. Daqui para a frente, vou deixar de lamentar a tua ausência, de te sentir saudades nos momentos-chave. De hoje em diante, serei aquilo que me propus a ser, livre do estigma de não querer ser amada. Só está quem quer estar. Só permitimos uma mudança na nossa vida quando estamos preparados para ela. A partir de hoje, vou deixar-me de teorias idiotas saudosistas e sentimentalistas, permitindo-me também a mim ser bicho e não sentir mais nada do que a intuição da minha sobrevivência. Vou ser o fruto daquilo que semeaste, à luz da tua semelhança. Vou pôr em prática o que estes cinco anos me ensinaram. A ausência, o frieza, o simples não-querer-saber. E assim viverei melhor.
Se isto não é um exemplo de modernidade, não sei o que lhe chamar. A rapariga não é só a rainha de Espanha, é uma mulher moderna. E como mulher moderna que se preze, cuida da sua imagem. E só por esse gesto de corte com o tradicional e o correcto, só posso aplaudir a atitude. Já não posso dizer o mesmo da magreza. Num momento em que se apela ao fim da magreza extrema como sinónimo de beleza, num momento em que se defende um corpo saudável, ela aparece com as costas a descoberto.. e não consigo pensar em nada de positivo nesta imagem.
Comentários
Já perdi a conta de quantas vezes disse que ia deixar de me preocupar com aqueles que nada ou pouco ouvem e aceitam aquilo tudo que faço por eles. tal como tu também ando cansada de dar e nada receber. custa tanto.
Olha em frente e deixa que a vida encarrega-se de dar uma boa lição a quem realmente precisa. Quero acreditar que sim.
Baci*
Maggie