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Devagar se vai ao longe.

Sou uma desgraçada. Tudo me acontece. Sim, tenho esta veia portuguesa a dar para o negativismo, para a desgraça, o horror e o drama. Sou quase uma Artur Albarran, acreditem. Depois de quatro dias de infortúnio, eis que os raios de sol parecem despontar no meu céu e já oiço qualquer coisa, lá muito ao fundo. O drama chegou ao ponto de eu insistir em pôr a míuda a ter aulas de linguagem gestual, não fosse a coisa dar mesmo para o torto. A televisão funcionou aos berros, caramba!, que uma pessoa também é gente e quer ouvir as notícias. Se falaram mal de mim, na minha cara, é bem possível que eu tenha sorrido sem saber para o quê.. é o que faço quando não oiço/não percebo/ou não ligo.. neste caso, não ouvi de todo. Tudo quanto era boca a mexer, provocava em mim o reflexo de sair um alto e estrondoso «O QUÊ?» e descobri que não sou tão boa a ler nos lábios como pensava. Mais uns dias e ponderava escrever um ensaio sobre a surdez. Mas não uma surdez qualquer, não senhora. Uma surdez que se apanha de forma completamente estúpida, em corpo de otite média.
Mas estas desgraças, muito choradas!, que é que pensam?!?, parecem ter os dias contados. Não quero já mandar os foguetes, mas o simples facto de já ouvir qualquer coisinha, é coisa para me deixar animada. Acho que já me sinto preparada para ir fazer compras online. Pronto, era isto.

Comentários

Unknown disse…
boa linda ;) ... nem imagino a tortura que deve ser :(
**

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A boa filha à casa torna..

... mesmo que depois de um interregno de quase 3 anos. Podia contar a história daquela que foi ali comprar tabaco e nunca mais apareceu. Poupo-vos o melodrama. No meu caso, é mais a história daquela a quem a vida se voltou de pernas para o ar, que sem saber como nem porquê, vim parar ao médio oriente e já por aqui ando há quase dois anos.  Nos entretantos, traí o blogger com o Wordpress. Relações modernas. Nada de mais. É que lá estava mais à vontade para falar da vida de emigrante. Mas, não há amor como o primeiro [dizem], bateu uma saudade imensa. Vim aqui de soslaio, só naquela de ver se ainda sentia a química. Nem de propósito ser o primeiro dia do ano e, tal e qual uma ressacada, não resisti em reacender a chama. Se é para toda a vida, até que a morte nos separe? Não sei. Talvez. Quem sabe. Até agora estamos a ganhar ao José Carlos Pereira e à Liliana Aguiar no junta-separa. 

isto faz o meu estilo #4