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Devagar se vai ao longe.

Sou uma desgraçada. Tudo me acontece. Sim, tenho esta veia portuguesa a dar para o negativismo, para a desgraça, o horror e o drama. Sou quase uma Artur Albarran, acreditem. Depois de quatro dias de infortúnio, eis que os raios de sol parecem despontar no meu céu e já oiço qualquer coisa, lá muito ao fundo. O drama chegou ao ponto de eu insistir em pôr a míuda a ter aulas de linguagem gestual, não fosse a coisa dar mesmo para o torto. A televisão funcionou aos berros, caramba!, que uma pessoa também é gente e quer ouvir as notícias. Se falaram mal de mim, na minha cara, é bem possível que eu tenha sorrido sem saber para o quê.. é o que faço quando não oiço/não percebo/ou não ligo.. neste caso, não ouvi de todo. Tudo quanto era boca a mexer, provocava em mim o reflexo de sair um alto e estrondoso «O QUÊ?» e descobri que não sou tão boa a ler nos lábios como pensava. Mais uns dias e ponderava escrever um ensaio sobre a surdez. Mas não uma surdez qualquer, não senhora. Uma surdez que se apanha de forma completamente estúpida, em corpo de otite média.
Mas estas desgraças, muito choradas!, que é que pensam?!?, parecem ter os dias contados. Não quero já mandar os foguetes, mas o simples facto de já ouvir qualquer coisinha, é coisa para me deixar animada. Acho que já me sinto preparada para ir fazer compras online. Pronto, era isto.

Comentários

Unknown disse…
boa linda ;) ... nem imagino a tortura que deve ser :(
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Well..

.. ao que parece, está tudo benzinho com o pequeno. A mãe tem uma infecção urinária assintomática e já está a antibiótico e o pequeno parece estar feliz da vida. O líquido que verti pode bem ter sido xixi, porque com as infecções é normal acontecer.. digamos que com a gravidez também, porque o peso pressiona a bexiga. Mas, de qualquer das formas, ela mandou vigiar o assunto. Por isso, aqui estamos. Um dia de cada vez.. e espero que esta gravidez chegue ao fim sem nenhum problema de maior.. e que logo, logo o Manuel esteja nos meus braços saudável e perfeito.

ando cansada..

Uma pessoa cultiva amizades, faz por elas, muitas vezes, mais do que pela própria família; alteramos planos, mudamos vidas, fazemos das tripas coração para estar presente. Não fiz o que fiz por desejar algo em troca, porque quando achamos que há amizade, não precisamos esperar nada em troca.. ultimamente, vou espreitar o facebook e as minhas queridas amigas, na minha ausência (será?), parece que me substituíram muito rápido. Não fui eu que desapareci. Nos meus piores momentos, elas é que não estiveram lá. E hoje, que passo os dias sozinha, sempre à espera que o marido e a filha cheguem a casa para ter com quem conversar, ninguém (mas mesmo ninguém, impressionante!) me chega à porta.. Ando cansada, mesmo cansada de esperar e de acreditar que as pessoas tem as vidas ocupadas. Porra, existem dias de folga, existem telefones, eu não me mudei para a China..

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