tenho que ir dormir uma sesta, breve que logo à noite temos jantar. o meu cabelo está uma desgraça e não conhece as mãos de quem tenha estudado corte e lavagem há pelo menos um ano -shame, shame on me - ; a roupa ainda nem a escolhi, tal não é a preguiça e insultem-me à vontade (!) mas, não faço ideia de que cor se pintam as unhas agora, por isso posso bem passar por altamente desmazelada. contentem-se os amiguinhos com o banho que tenho de ir tomar e com a minha presença adoravel. esta sou eu.
Ele era um colega, que hierarquicamente estava abaixo de mim. Entrou uns anos depois de mim para esta empresa. Foi galgando lugares enquanto um macaco come uma banana. Não me perguntem como, nem porquê. Eu desconfio, mas ia ter de dizer muito palavrão para me justificar, portanto permanecerei uma senhora de bico calado. De lugar em lugar, de tarefa em tarefa. Pouco me importa se tem a língua negra de tanta bota engraxada, se tem dificuldade em sentar-se ou se comeu o pão que o diabo amassou. Desde que ele não me prejudique, ele lá e eu aqui, e amiguinhos como dantes. Mas quando a verborreia atinge patamares de superioridade, não há como passar despercebido. Uma pessoa pode ignorar, mas e conseguir? É como tentar ignorar um mosquito a meio da noite, no quarto. Tu bem tentas, mas é mais forte que tu. A criatura vai fazer uma apresentação numa reunião. Já de si, a situação tinha aqui material de sobra para que o Ricardo Araújo Pereira fizesse um brilharete. O ser está incha
Comentários
tenho isto, pelo menos, para mim...