Quando escrevi este post , julguei sinceramente que o rapaz se safava. Imaginava o pior dos cenários, mas em vida. Pensei que ficásse mal, que até tivesse que passar por uma fase dura e dolorosa até que pudesse voltar a fazer o que o fazia feliz, mas em vida. E com a lição mais que aprendida. De como um simples detalhe, como o 'clic' metálico de um cinto a apertar no encaixe, pode fazer toda a diferença. De como abrandar um pouco no pé pesado pode evitar estas coisas. De como conduzir um vida nas mãos (e neste caso a de várias) tem de ser uma responsabilidade séria.
Depois, dei também por mim a pensar que muitos acidentes acontecem, muitas vezes por burrice, claro, mas as pessoas até vão de cintos postos e a coisa nem é por aí. E depois também dei por mim a lamentar. E a pensar que, o destino, é assim mesmo. Se é para acontecer, acontece. Se foi para isto que nascemos, é isto que vai acontecer. E ponto.
Quando escrevi este post , não imaginei que o Angélico fosse realmente morrer. Não foi por ingenuidade, nem por ser uma das acérrimas fãns que não queria que esse fosse o fim. Nem sequer era fã. Apenas humana, mãe. E, principalmente, como mãe, nunca imagino que a morte de um filho possa acontecer primeiro. Anti-natura. A pior das dores, muito mais que física. O mais negro dos pesadelos. A pior saudade. Não consigo imaginar, não consigo conceber. Não imaginei este cenário porque acho que os filhos não têm de morrer primeiro que os pais.
Não gosto de pensar em mortes. Muito menos nas mortes estúpidas e demasiado precoces. De como, abruptamente, se deixa sem chão todos aqueles que aqui ficam. Esses, sim, sofrem. Para esses, sim, a vida deixa de ter sentido, significado, cor.
Lamento. Lamento muito.
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