O meu desejo de escrevinhar vem desde cedo. Desde pequena que escrevo tudo o que me vai na alma. Sejam verdadeiros testamentos, às pequenas frases soltas. Escevro, escrevo, escrevo, não porque me ache pseudo-intelectual, mas porque me liberta. Faz com que os monstros que se escondem debaixo da minha cama, saiam cá para fora e rodopiem todos no chão do meu quarto, em eufórico bailarico. Hove tempos em que me predispus a escrever um livro. Que ideia tonta, soberba, grande e descabida. Eu? Escrever um livro?!? Ah pois, sim senhor.. então adeus e até amanhã , que essa ideia nunca saiu da gaveta. Nunca tive a coragem, a ousadia, o tempo e a vontade (porque também se trata disso, vontade) de escrever um feito digno de passar para o papel, com capa e contra-capa, prefácio, índice, edição numerada e revisão de editor. Hoje, com quase trinta anos, acordei com vontade de revigorar o sonho antigo. Porque não? Porque me acho pouco capaz? Quando a alma não é pequena , tudo se faz, tudo se consegue,