Uma pessoa acorda às três da manha, sem forças nem sequer para dizer mal da vida.
Arrasta-se de casa até ao carro, suplicando aos astros que a farda esteja toda no corpo. O carro parece que já conhece o caminho sozinho e vai em modo automático.
A pessoa põe o pé dentro do aeroporto, a horas que não lembram ao menino Jesus, ainda a ver em 16:9 e já está a ser mandada para o sítio mais parado daquele antro.
Um aeroporto consegue não ter emoção nenhuma, às quatro da manhã, especialmente a meio de Fevereiro. Believe me.
A pessoa chega ao sitio e dá de caras com aquele que será o nosso pseudo-chefe. Uma criatura que não se aguenta e ninguém compreende como pode ele chefiar o que quer que seja, que bem podia ir chefiar carreiros de formigas, e mesmo assim, duvido muito. Ainda não estou bem acordada e já tenho um nó no cérebro! Mas que mal fiz eu a Deus?
Tendo em conta que a pessoa nutre por essa criatura um sentimento semelhante a uma cólica renal, fica logo com uma disposição do caráças.
Mas a criatura pseudo-chefe é daquelas que cava os próprios buracos em que se vai enfiar. Portanto, nada melhor que ficar à espera que ele se afunde sozinho. E a pessoa deixa-se estar.
A criatura faz uma, faz duas, dá uns quantos tiros nos pés. A criatura sabe tão bem como nós que ele nasceu tanto para chefiar, como um pinguin nasceu para fazer bilros. Mas, mesmo assim, a arrogância e a falta de humildade são tão grandes que não dá parte de fraco.
A esta hora, já eu tinha a barriga cheia. Sei que não é bonito rir das desgraças alheias, mas foi muito mais forte que eu.
É quando ele, num ato de desespero, decide aliviar a dor de me ter por perto. E meia hora antes do meu turno terminar, me diz que posso ir embora. Ouvir a palavra 'embora' foi o nirvana. Uma espécie de reflexo de Pavlov. Hasta la vista!
A pessoa chega ao sitio e dá de caras com aquele que será o nosso pseudo-chefe. Uma criatura que não se aguenta e ninguém compreende como pode ele chefiar o que quer que seja, que bem podia ir chefiar carreiros de formigas, e mesmo assim, duvido muito. Ainda não estou bem acordada e já tenho um nó no cérebro! Mas que mal fiz eu a Deus?
Tendo em conta que a pessoa nutre por essa criatura um sentimento semelhante a uma cólica renal, fica logo com uma disposição do caráças.
Mas a criatura pseudo-chefe é daquelas que cava os próprios buracos em que se vai enfiar. Portanto, nada melhor que ficar à espera que ele se afunde sozinho. E a pessoa deixa-se estar.
A esta altura, já o pseudo-chefe reparou que estou com uma disposição para lá de animada e resolve, ele próprio, animar a manhã. Começa a meter os pés pelas mãos, provando por a+b como é um idiota chapado. A minha serotonina começa a aumentar para doses galopantes. Isto afinal até pode ter a sua piada!
A criatura faz uma, faz duas, dá uns quantos tiros nos pés. A criatura sabe tão bem como nós que ele nasceu tanto para chefiar, como um pinguin nasceu para fazer bilros. Mas, mesmo assim, a arrogância e a falta de humildade são tão grandes que não dá parte de fraco.
A esta hora, já eu tinha a barriga cheia. Sei que não é bonito rir das desgraças alheias, mas foi muito mais forte que eu.
É quando ele, num ato de desespero, decide aliviar a dor de me ter por perto. E meia hora antes do meu turno terminar, me diz que posso ir embora. Ouvir a palavra 'embora' foi o nirvana. Uma espécie de reflexo de Pavlov. Hasta la vista!
Serve isto de exemplo que, por muito mal que comece um dia de trabalho, tudo pode acontecer para reverter essa situação. Mesmo que a vida nos coloque criaturas acéfalas no caminho, a mesma vida nos dá oportunidade de sermos felizes com isso. A satisfação que me deu vê-lo fazer figura de otário, já ninguém me pode tirar!
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