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«ando pela vida à tua procura e ainda bem que te encontro todos os dias»

É uma coisa estranha, isto de amar. Esta coisa grande e pesada que sentimos no meio do peito, que nos ocupa todo o pensamento. Sentir que somos todo-poderosos e, ao mesmo tempo, tão frágeis e delicados como uma partícula de vida. Um tudo e um nada. Estranha coisa esta, a do amor.
 
Já perdi a conta aos dias que te gosto. São muitos, uma vida. Uma vida inteira ao teu lado. Duas pessoas normais e comuns, que com os passar dos anos foram construindo isto a que chamamos vida; um sitio a que chamamos casa; um porto de abrigo a que chamamos família. Eu e tu, pessoas como tantas outras pessoas por aí, que estão nesta coisa do amor há muito tempo.
 
Primeiro os sonhos, as fantasias, a novidade; o encantamento, a paixão, a vontade de querer viver tudo ao mesmo tempo; depois, os planos, as metas, a concretização. Depois disto tudo, chega a responsabilidade, um filho e mais outro, a rotina, os hábitos, o que tem mesmo de ser porque tem muita força. Quem vive uma história de amor sabe disto perfeitamente: nem todos os dias são de sol, nem todas as tempestades afundam o nosso barco. Há que buscar o equilíbrio, procurar as saídas, nunca desistir do entendimento. Porque um casamento é isso mesmo: dar as mãos, percorrer o mesmo caminho. E quando um de nós perde as forças, o outro está lá ao lado, para nos levantar. E se isto não é o amor, então já não entendo nada.
 
Se me divorciasse de ti, casaria contigo outra vez, porque me apaixonaria por ti de novo. E só ao teu lado faria sentido, até ao fim dos meus dias. Por isso agradeço encontrar-te todos os dias, porque todos os dias te procuro. A ti. Porque só tu me fazes querer procurar-te todos os dias.
 
E embora saiba que não sou a pessoa mais fácil deste mundo, e embora saiba que tu também não o és, continuo aqui, como se tivesse dezoito anos, a viver de sonhos, de fantasias. Aqui me tens com vontade de viver tudo ao mesmo tempo contigo. A sentir que o peso de um amor de uma vida é a maior herança que posso deixar. 

Comentários

Gaja Maria disse…
Que lindo!
Mas é isso tudo, sem tirar nem pôr.. :)

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A boa filha à casa torna..

... mesmo que depois de um interregno de quase 3 anos. Podia contar a história daquela que foi ali comprar tabaco e nunca mais apareceu. Poupo-vos o melodrama. No meu caso, é mais a história daquela a quem a vida se voltou de pernas para o ar, que sem saber como nem porquê, vim parar ao médio oriente e já por aqui ando há quase dois anos.  Nos entretantos, traí o blogger com o Wordpress. Relações modernas. Nada de mais. É que lá estava mais à vontade para falar da vida de emigrante. Mas, não há amor como o primeiro [dizem], bateu uma saudade imensa. Vim aqui de soslaio, só naquela de ver se ainda sentia a química. Nem de propósito ser o primeiro dia do ano e, tal e qual uma ressacada, não resisti em reacender a chama. Se é para toda a vida, até que a morte nos separe? Não sei. Talvez. Quem sabe. Até agora estamos a ganhar ao José Carlos Pereira e à Liliana Aguiar no junta-separa. 

isto faz o meu estilo #4