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Ou eu sofro de uma grande memória selectiva ou não me lembro de um verão tão merdoso como este, em toda a minha existência.
Acabo de ir à varanda ver se a roupa já secou. Noutros verões, a esta hora, estaria ainda um calor abrasador, quase sufocante. O ar quente entrar-me-ia pelas narinas e queimaria a garganta. Hoje não. Confesso que até me arrepiei com a brisa fresca, o vento forte.
Se bem que eu e grandes calores não vamos à bola juntos, isto assim também não tem graça nenhuma. É a mesma coisa que dizer que estamos em Julho [e estarmos mesmo!] e agir como se estivéssemos em Março. Não tem lógica absolutamente nenhuma. E chateia.

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A boa filha à casa torna..

... mesmo que depois de um interregno de quase 3 anos. Podia contar a história daquela que foi ali comprar tabaco e nunca mais apareceu. Poupo-vos o melodrama. No meu caso, é mais a história daquela a quem a vida se voltou de pernas para o ar, que sem saber como nem porquê, vim parar ao médio oriente e já por aqui ando há quase dois anos.  Nos entretantos, traí o blogger com o Wordpress. Relações modernas. Nada de mais. É que lá estava mais à vontade para falar da vida de emigrante. Mas, não há amor como o primeiro [dizem], bateu uma saudade imensa. Vim aqui de soslaio, só naquela de ver se ainda sentia a química. Nem de propósito ser o primeiro dia do ano e, tal e qual uma ressacada, não resisti em reacender a chama. Se é para toda a vida, até que a morte nos separe? Não sei. Talvez. Quem sabe. Até agora estamos a ganhar ao José Carlos Pereira e à Liliana Aguiar no junta-separa. 

isto faz o meu estilo #4