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Esta minha filha..

Tem dias em que é um doce: faz tudo o que lhe mandamos, respeita as ordens, cumpre tarefas sem queixumes. Nunca foi de birras, nem de chinfrins. Mas tem uma veia que me deixa os cabelos em franja: faço o que me dá na bolha sem tomar atenção se realmente estou a fazer bem. E depois do mal estar feito, fica a olhar para nós, tipo carneiro mal morto, à espera da solução.
Desta vez vou ter de a ensinar a assumir os seus erros. Prometeu à sua melhor amiga que lhe oferecia um frasco de Nutella com o nome da menina. O pai comprou-lhe ontem o dito frasco e trouxe o autocolante com o nome da menina. Hoje ela achou que decidia o futuro daquilo. Vai daí, cheia de boas intenções -eu sei- colou o autocolante directamente no frasco por encetar. Resultado? Quando a amiga encetar o frasco, vai-se a personalização à vida. E o frasco de Nutella a dizer Matilde vai continuar a dizer Nutella, como outro qualquer frasco de Nutella normal.
Quando lhe expliquei o que tinha feito, perguntou se podia comprar outro. Não, não podes. E amanhã vais explicar à tua amiga que não tens nada para lhe dar porque estragaste o frasco.
Segundos depois achei que estava a ser dura, mas sei que assim ela vai aprender a lição de que se não sabe ao certo o que está a fazer, deve procurar ajuda.

E vou comprar outra Nutella e mais um autocolante a dizer Matilde e levo no fim das aulas. Sim, porque eu sou mãe, não a Cruella.

Comentários

Gaja Maria disse…
Isto de educar os filhos e transmitir-lhes os valores certos é mesmo difícil. Nem sempre o coração está de acordo com a razão. Mas tem de ser. :)

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A boa filha à casa torna..

... mesmo que depois de um interregno de quase 3 anos. Podia contar a história daquela que foi ali comprar tabaco e nunca mais apareceu. Poupo-vos o melodrama. No meu caso, é mais a história daquela a quem a vida se voltou de pernas para o ar, que sem saber como nem porquê, vim parar ao médio oriente e já por aqui ando há quase dois anos.  Nos entretantos, traí o blogger com o Wordpress. Relações modernas. Nada de mais. É que lá estava mais à vontade para falar da vida de emigrante. Mas, não há amor como o primeiro [dizem], bateu uma saudade imensa. Vim aqui de soslaio, só naquela de ver se ainda sentia a química. Nem de propósito ser o primeiro dia do ano e, tal e qual uma ressacada, não resisti em reacender a chama. Se é para toda a vida, até que a morte nos separe? Não sei. Talvez. Quem sabe. Até agora estamos a ganhar ao José Carlos Pereira e à Liliana Aguiar no junta-separa. 

isto faz o meu estilo #4