Um dia destes vamos ter uma dor de cabeça cá em casa. Sem nos querermos ainda desfazer do nosso pseudo-escritório e atendendo aos pedidos da mais velha, vamos ter que pensar num quarto para dois. Para ele e para ela. Já é bonito só de imaginar, nem quero pensar quando a festa se fizer entre quatro paredes. Nós a querermos silêncio e eles na galhofa.
Não sei também quanto tempo durará esta algazarra. Não a estou a ver aí com os seus doze anos a querer aturar um miúdo de seis, a desarrumar tudo, a fazer porcarias e a entrar pelo mundo dela a dentro. A única coisa que sei é que vai ser bom enquanto durar. Vê-los juntos na sua cumplicidade é uma alegria enorme. O sonho que qualquer mãe tem.
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