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Eu não sou só coisas boas. Tento ser o melhor possível, mas sei que tenho uma personalidade forte e que não é fácil [às vezes] conviver comigo.
Por exemplo: sou uma competitiva daquelas mete-nojo. Quando entro numa coisa, entro para ganhar. Nem que seja num jogo de trivial. Aquela história que contamos às crianças que participar é que interessa, é muito bonita. Mas, para mim, é participar e ficar em primeiro lugar, se possível. Eu sei, eu sei. Devia morrer de vergonha e enfiar já a cabeça dentro de um saco. Mas é mais forte que eu.
Sejamos práticas, se podemos brilhar no que quer que seja que entremos, porque é que havemos de ir com a atitude do participante companheiro que é muito amigo-do-seu-amigo?
Eu sou muito amiga, sou. Mas, se é para entrar no jogo, vou com a fé toda.
Mais: só trago para casa aquilo que é meu. Eu explico. Tiram-me a paciência, são mal-educados, inconvenientes ou querem saber mais da minha vida do que eu própria? Não esperem que eu fique calada. Por norma não sou mal-educada com ninguém, mas não fico com nada por dizer. Tenho esta mania de que as coisas que nos ficam entaladas na garganta, consomem-nos. Algumas vezes fiquei assim e vim para casa a morder-me toda, arrependida de não ter respondido à letra. Não há necessidade nenhuma de nos sentirmos assim.
Teimosa. Muito teimosa, na graça do senhor. E quando sei que estou na posse da razão absoluta e inquestionavel, o melhor mesmo é nem discutir comigo. Defendo a minha posição até à morte.
Se é mau ser-se assim? Tem os seus dias, tem os seus prós e os seus contras. Ao mesmo tempo que posso parecer uma pessoa com o seu quê de arrogante e fria, as pessoas pensam duas vezes antes de tentar fazer farinha comigo.
Por outro lado, quando gosto de alguém, dou o que tenho vestido, tiro da minha boca para dar de comer, vou até ao fim do mundo. Quando eu gosto, eu gosto. E gosto do bom e do mau da pessoa. Posso até ter as minhas desavenças. mas se eu gostar de alguém vou aceitar os defeitos e as qualidades e tiro o melhor partido delas.
Não somos perfeitos, todos temos arestas. E, no fundo, é isso que nos torna únicos e especiais; chama-se a isso ser humano.

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... mesmo que depois de um interregno de quase 3 anos. Podia contar a história daquela que foi ali comprar tabaco e nunca mais apareceu. Poupo-vos o melodrama. No meu caso, é mais a história daquela a quem a vida se voltou de pernas para o ar, que sem saber como nem porquê, vim parar ao médio oriente e já por aqui ando há quase dois anos.  Nos entretantos, traí o blogger com o Wordpress. Relações modernas. Nada de mais. É que lá estava mais à vontade para falar da vida de emigrante. Mas, não há amor como o primeiro [dizem], bateu uma saudade imensa. Vim aqui de soslaio, só naquela de ver se ainda sentia a química. Nem de propósito ser o primeiro dia do ano e, tal e qual uma ressacada, não resisti em reacender a chama. Se é para toda a vida, até que a morte nos separe? Não sei. Talvez. Quem sabe. Até agora estamos a ganhar ao José Carlos Pereira e à Liliana Aguiar no junta-separa. 

isto faz o meu estilo #4