Tenho saudades dos tempos em que ouvia isto, em altos berros, no gira-discos portátil que veio de Torremolinos - aquela Meca da tecnologia e casacos de cabedal dos anos 80 - e imaginava que era uma das bailarinas do Rick. Usava uma poupa como franja, milimetricamente penteada e enlacada todas as manhãs. Hoje penso que mais foleiro que isso, só mesmo as calças nos joelhos dos miúdos de hoje. [modas] Sinto uma certa nostalgia desses tempos, dos cheiros, das pessoas, dos lugares. Sinto que o tempo está a escorrer-me pelos dedos, como a areia, e só queria que fosse possível voltar lá, nem que fosse por umas horas e viver tudo de novo, mas muito mais intensamente.
... mesmo que depois de um interregno de quase 3 anos. Podia contar a história daquela que foi ali comprar tabaco e nunca mais apareceu. Poupo-vos o melodrama. No meu caso, é mais a história daquela a quem a vida se voltou de pernas para o ar, que sem saber como nem porquê, vim parar ao médio oriente e já por aqui ando há quase dois anos. Nos entretantos, traí o blogger com o Wordpress. Relações modernas. Nada de mais. É que lá estava mais à vontade para falar da vida de emigrante. Mas, não há amor como o primeiro [dizem], bateu uma saudade imensa. Vim aqui de soslaio, só naquela de ver se ainda sentia a química. Nem de propósito ser o primeiro dia do ano e, tal e qual uma ressacada, não resisti em reacender a chama. Se é para toda a vida, até que a morte nos separe? Não sei. Talvez. Quem sabe. Até agora estamos a ganhar ao José Carlos Pereira e à Liliana Aguiar no junta-separa.
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