Às vezes tento por-me na pele da dona Dolores Aveiro. O que sentirá ela, agora que a sua vida está envolta de glamour e riqueza, agora que os tempos de aflição e poucos luxos já ficaram para trás. Olhando para o seu menino (que uma mãe olha sempre para o seu filho homem como se ele fosse um menino pequeno) e saboreando cada vitoria que ele tem, só pode mesmo encher-se de orgulho. Ter a certeza absoluta que pôs no mundo uma lenda do futebol, que gerou aquele por quem gerações futuras quererão imitar ou superar e idolatrar. O coração de uma mãe bate sempre pelos seus filhos de uma forma especial e acredito que a dona Dolores sinta explosões de alegria quando o seu Cristiano marca um golo e leva a sua equipa à vitória.
Mas eu não sou a d. Dolores e os meus filhos não jogam futebol profissional. Contudo, o meu coração bate da mesma forma explosiva quando eles conseguem novas proezas, quando superam uma dificuldade, quando fazem algo que os alegra. O meu coração de mãe bombeia a mesma energia positiva que o de outra qualquer mãe neste planeta. A certeza de que os nossos filhos são os melhores. Esse sentimento quase transformado em hipérbole, contudo a nossa maior certeza de que, efectivamente, o ser que fizemos nascer é o melhor do mundo. Do nosso mundo.
[Nota: O Cristiano Ronaldo pode não ser eleito o melhor do mundo pela FIFA, porque os jogos de influências e favoritismos são muito evidentes para aqueles lados. Mas para a D.Dolores, tenho a certeza, que desde o dia em que ele nasceu, que ganhou esse título. ]
Comentários