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Ontem tive que fazer um bolo-relâmpago. O jantar de aniversário cá em casa sem vela para soprar estava fora de questão. Abri o frigorífico e a porta da despensa. Tinha quase todos os ingredientes habituais. [Quase.] Olhei pela janela da cozinha: estava a escurecer e soprava um vento frio de cortar à faca. Imaginei o cenário caótico do supermercado em hora de ponta; vi na minha mente a imagem dantesca de ter que embrulhar os miúdos em casacos, kispos, gorros e luvas e eu própria, e mala, e chaves, e pequeno ao colo e compras na mão. E pensei: nãaa. Isto hoje vai numa de pastelaria experimental. 
Só vos digo uma coisa - estão à espera que conte o brilharete que fiz e de como sou uma doceira exímia? - nunca mais me armo em Nigella a (re)inventar receitas. Do bolo só se safou a decoração (arranjada em cima do joelho) e a ganache de chocolate (essa sim ma-ra-vi-lho-sa). Tudo o resto, que é só o mais importante, textura, sabor, qualidade foi uma vergonhosa tentativa de fazer um bolo.
Sim, também tenho destes dias. Noventa e nove por cento das vezes a coisa corre bem. Ontem foi um dia negro para a pasteleira de serviço. E perguntam vocês: o que é que fiz de errado? Duas coisas simples: usei manteiga sem sal e um chocolate em pó de marca desconhecida. Só. Foi o que bastou para me sair um bolo-furado. 

Comentários

Anónimo disse…
A melhor parte: "nunca mais me armo em Nigella"

:))

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Well..

.. ao que parece, está tudo benzinho com o pequeno. A mãe tem uma infecção urinária assintomática e já está a antibiótico e o pequeno parece estar feliz da vida. O líquido que verti pode bem ter sido xixi, porque com as infecções é normal acontecer.. digamos que com a gravidez também, porque o peso pressiona a bexiga. Mas, de qualquer das formas, ela mandou vigiar o assunto. Por isso, aqui estamos. Um dia de cada vez.. e espero que esta gravidez chegue ao fim sem nenhum problema de maior.. e que logo, logo o Manuel esteja nos meus braços saudável e perfeito.

ando cansada..

Uma pessoa cultiva amizades, faz por elas, muitas vezes, mais do que pela própria família; alteramos planos, mudamos vidas, fazemos das tripas coração para estar presente. Não fiz o que fiz por desejar algo em troca, porque quando achamos que há amizade, não precisamos esperar nada em troca.. ultimamente, vou espreitar o facebook e as minhas queridas amigas, na minha ausência (será?), parece que me substituíram muito rápido. Não fui eu que desapareci. Nos meus piores momentos, elas é que não estiveram lá. E hoje, que passo os dias sozinha, sempre à espera que o marido e a filha cheguem a casa para ter com quem conversar, ninguém (mas mesmo ninguém, impressionante!) me chega à porta.. Ando cansada, mesmo cansada de esperar e de acreditar que as pessoas tem as vidas ocupadas. Porra, existem dias de folga, existem telefones, eu não me mudei para a China..

isto faz o meu estilo #5