Dizem que as temperaturas vão baixar (e muito). Que vamos andar por aí a bater o dente. Quando me levantei espreitei lá para fora. O céu acabado de acordar estava cinzento claro, com apontamentos mais escuros de quando em vez. Torci logo o nariz. A neblina, a humidade e o cheiro a terra molhada (não da chuva, mas do frio) lembram-me Bruxelas. Naquele rico inverno em que me deu na cabeça conhecer a capital da Europa, com um frio de rachar. A sorte -pensei eu - é que não está vento. Senão fazia logo uma revolução aqui em casa e ficávamos debaixo das mantas e dos edredons o dia todo.
Felizmente, uma caneca de café resolve os meus problemas de insanidade matinal. Há toda uma vida lá fora que tem de ser vivida - mais que não seja para pôr o dinheirinho na conta ao fim do mês. Pai e filha zarpam rumo às suas obrigações e mãe e filho ficam no conforto do lar a curar uma malvada otite.
Há folhas no chão, que crepitam à nossa passagem. Vestimos um casaco quentinho, calçamos umas botas e dizemos olá ao mundo.
Bom dia! [já te disse que não te curto, não já Outono?]
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