Avançar para o conteúdo principal

A propósito do amor.

Conheço imensa gente que tem esta máxima na vida: eu sou a maior, comigo homem nenhum faz farinha e é vê-los a cair de redondo a meus pés. Falei no feminino, como podia ter falado no masculino. Conheço jogadores assim, de ambas equipas. Depois, é vê-la(o)s cair na sua própria esparrela, porque o amor não é isto. «Isto» é presunção, é um ego muito grande e uma enorme falta de consideração pelo próximo, ou pelo menos, um desprezar de capacidades do companheiro.
O amor é partilha, o amor completa, compreende, deixa-nos de beicinho. O amor é muito mais que ter uma pessoa nas nossas vidas. E é precisamente isso: ter uma pessoa na nossa vida. Não é brincar com ela como se faz com as bonecas, não é julgar que vestimos e despimos conforme a nossa vontade. Não é achar que temos tudo controlado. Porque o amor, prega-nos partidas. E muitas vezes nem sequer sabemos o que fazer com ele.
Por isso, quando me dizem que estão numa relação mas que saem dela assim que a coisa der para o torto, não me venham com a cantiga de que isso é amor. A isso chamo eu de encontro, de procura. Não de amor, definitivamente. Porque quando se ama, mesmo longe, nunca deixamos essa pessoa. Amá-la, tanto serve para as coisas boas como para as más. E muitas vezes, só descobrimos que é amor quando estamos tão longe, que a saudade não nos cabe no peito e que o sentimento nos escorre pelas lágrimas.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

A boa filha à casa torna..

... mesmo que depois de um interregno de quase 3 anos. Podia contar a história daquela que foi ali comprar tabaco e nunca mais apareceu. Poupo-vos o melodrama. No meu caso, é mais a história daquela a quem a vida se voltou de pernas para o ar, que sem saber como nem porquê, vim parar ao médio oriente e já por aqui ando há quase dois anos.  Nos entretantos, traí o blogger com o Wordpress. Relações modernas. Nada de mais. É que lá estava mais à vontade para falar da vida de emigrante. Mas, não há amor como o primeiro [dizem], bateu uma saudade imensa. Vim aqui de soslaio, só naquela de ver se ainda sentia a química. Nem de propósito ser o primeiro dia do ano e, tal e qual uma ressacada, não resisti em reacender a chama. Se é para toda a vida, até que a morte nos separe? Não sei. Talvez. Quem sabe. Até agora estamos a ganhar ao José Carlos Pereira e à Liliana Aguiar no junta-separa. 

isto faz o meu estilo #4