O coração das mães é realmente muito complicado. Principalmente quando faz parceria com a cabecinha desorientada de uma mãe stressada. O puto foi para a cresce. Ontem foi o primeiro dia e a coisa até correu mais ou menos. Hoje, cravou as unhas nos ombros do pai e ficou lavado em lagrimas. O pai saiu desorientado de lá. Eu tenho uma bola no estômago que só se vai desfazer quando a hora de o ir buscar chegar. E a principal preocupação, a tal que faz um elo de ligação entre a cabeça e o coração: e se o puto se engasga com a comida e ninguém repara? É que o malandro é um engasgão nato, desde o tempo em que só mamava ao peito. Comida solida é tipo roleta russa, cada colherada é um credo na boca. E eu aqui, aflita que nem imaginam, pedindo aos céus que tudo corra bem.
Ele era um colega, que hierarquicamente estava abaixo de mim. Entrou uns anos depois de mim para esta empresa. Foi galgando lugares enquanto um macaco come uma banana. Não me perguntem como, nem porquê. Eu desconfio, mas ia ter de dizer muito palavrão para me justificar, portanto permanecerei uma senhora de bico calado. De lugar em lugar, de tarefa em tarefa. Pouco me importa se tem a língua negra de tanta bota engraxada, se tem dificuldade em sentar-se ou se comeu o pão que o diabo amassou. Desde que ele não me prejudique, ele lá e eu aqui, e amiguinhos como dantes. Mas quando a verborreia atinge patamares de superioridade, não há como passar despercebido. Uma pessoa pode ignorar, mas e conseguir? É como tentar ignorar um mosquito a meio da noite, no quarto. Tu bem tentas, mas é mais forte que tu. A criatura vai fazer uma apresentação numa reunião. Já de si, a situação tinha aqui material de sobra para que o Ricardo Araújo Pereira fizesse um brilharete. O ser está incha
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