Se me tivessem apagado estes dias do calendário, eu tinha agradecido. Entre tosses, febres, dentes a nascer, ranho e dores de ouvidos, gargantas inflamadas e espirros, tivemos de tudo um pouco. E com direito a bolhas nos pés, imaginem a nossa felicidade!
Maneiras que é isto. Ter putos pequenos em casa não rima com vida de papo-pró-ar. Muito pelo contrario.. São as preocupações de mãe, as noites mal dormidas, os horários dos xaropes e dos supositórios. É ver as nossas amigas em debandadas para os jantares e saídas à noite e nós termos de ficar em casa, num serão animado entre consolas em BabyTv.
Não me queixo, mas mexe comigo. Irrita-me profundamente que, nos melhores dias do ano, em que podemos passear à noite sem três quilos de casacos em cima, aproveitar para a miúda esticar as pernas, comer gelados, ficar na esplanada a parvejar, os filhos-da-mãe dos vírus ataquem impiedosamente as minhas crias.
E daqui a um piscar de olhos, a escola começa e acabaram-se as noites quentes e temos de esperar mais um ano.
No fim disto tudo, o que me alegra é que o puto já gatinha. E andava eu a sofrer (mais uma vez, que uma pessoa não aprende) do síndrome "mas-porque-é-que-os-filhos-das-outras-fazem-e-o-meu-não".
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