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A casa está silenciosa. Ao longe o barulho de fundo da tv, com um som do Prince a tocar. Aqui perto, o som das teclas que vão preenchendo este silêncio. Os meus amores partiram para norte. Eu fiquei no sul. O amor-pai vai para as ilhas. Os amores-filhos ficam com os avós. Eu? Fico a trabalhar e a ouvir este silêncio que [já] não pertence a esta casa, que [já] não faz parte dos meus dias, da minha vida.
E embora a minha rotina seja cansativa, ao ponto de ao fim do dia eu querer é ver todos pelas costas e dormir como se não houvesse amanhã, não a troco por nenhuma calma e tranquilidade. Os barulhos e o bagunça, o trabalho que dá esta casa, o cansaço que me pesa no corpo cuidar desta família, fazem de mim um mulher realizada e feliz.
Sei que são poucos os dias que nos separam, que enquanto o outro esfrega o olho, o tempo passa e estaremos todos juntos de novo. Nesse dia, no meio da confusão que é esta casa, eu descansarei e saborearei melhor o silêncio que uma barulheira feliz pode fazer. O barulho de um lar que se ama.






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... mesmo que depois de um interregno de quase 3 anos. Podia contar a história daquela que foi ali comprar tabaco e nunca mais apareceu. Poupo-vos o melodrama. No meu caso, é mais a história daquela a quem a vida se voltou de pernas para o ar, que sem saber como nem porquê, vim parar ao médio oriente e já por aqui ando há quase dois anos.  Nos entretantos, traí o blogger com o Wordpress. Relações modernas. Nada de mais. É que lá estava mais à vontade para falar da vida de emigrante. Mas, não há amor como o primeiro [dizem], bateu uma saudade imensa. Vim aqui de soslaio, só naquela de ver se ainda sentia a química. Nem de propósito ser o primeiro dia do ano e, tal e qual uma ressacada, não resisti em reacender a chama. Se é para toda a vida, até que a morte nos separe? Não sei. Talvez. Quem sabe. Até agora estamos a ganhar ao José Carlos Pereira e à Liliana Aguiar no junta-separa. 

isto faz o meu estilo #4