Mas isso não quer dizer que eu me tenha transformado, de novo, numa fada do lar brilhante. A roupa para passar ainda se acumula, a limpeza a fundo ainda não foi feita, a escola da pequena começa amanha e não sei para que lado me vire. Agora vão começar os pequenos-almoços à pressa, o jantar em cima do joelho e esta casa a desmoronar e a clamar por uma senhora-a-dias que venha ajudar a senhora mãe, que sou eu! Uma vez que o nosso governo não nos autoriza a esbanjar dinheiro, a senhora mãe vai ter que acumular funções de senhora cozinheira e senhora-a-dias.. e parece-me que esta casa vai demorar a voltar à normalidade. Caramba, somos quatro a viver cá em casa. Já vos disse que o puto dorme sete horas seguidas? Sou uma mulher nova desde que voltei a dormir.
... mesmo que depois de um interregno de quase 3 anos. Podia contar a história daquela que foi ali comprar tabaco e nunca mais apareceu. Poupo-vos o melodrama. No meu caso, é mais a história daquela a quem a vida se voltou de pernas para o ar, que sem saber como nem porquê, vim parar ao médio oriente e já por aqui ando há quase dois anos. Nos entretantos, traí o blogger com o Wordpress. Relações modernas. Nada de mais. É que lá estava mais à vontade para falar da vida de emigrante. Mas, não há amor como o primeiro [dizem], bateu uma saudade imensa. Vim aqui de soslaio, só naquela de ver se ainda sentia a química. Nem de propósito ser o primeiro dia do ano e, tal e qual uma ressacada, não resisti em reacender a chama. Se é para toda a vida, até que a morte nos separe? Não sei. Talvez. Quem sabe. Até agora estamos a ganhar ao José Carlos Pereira e à Liliana Aguiar no junta-separa.
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