Mas isso não quer dizer que eu me tenha transformado, de novo, numa fada do lar brilhante. A roupa para passar ainda se acumula, a limpeza a fundo ainda não foi feita, a escola da pequena começa amanha e não sei para que lado me vire. Agora vão começar os pequenos-almoços à pressa, o jantar em cima do joelho e esta casa a desmoronar e a clamar por uma senhora-a-dias que venha ajudar a senhora mãe, que sou eu! Uma vez que o nosso governo não nos autoriza a esbanjar dinheiro, a senhora mãe vai ter que acumular funções de senhora cozinheira e senhora-a-dias.. e parece-me que esta casa vai demorar a voltar à normalidade. Caramba, somos quatro a viver cá em casa. Já vos disse que o puto dorme sete horas seguidas? Sou uma mulher nova desde que voltei a dormir.
Se isto não é um exemplo de modernidade, não sei o que lhe chamar. A rapariga não é só a rainha de Espanha, é uma mulher moderna. E como mulher moderna que se preze, cuida da sua imagem. E só por esse gesto de corte com o tradicional e o correcto, só posso aplaudir a atitude. Já não posso dizer o mesmo da magreza. Num momento em que se apela ao fim da magreza extrema como sinónimo de beleza, num momento em que se defende um corpo saudável, ela aparece com as costas a descoberto.. e não consigo pensar em nada de positivo nesta imagem.
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