Isto mais parece um ciclo vicioso. De há oito meses e picos para cá, a minha rotina pouco ou nada mudou. Cada segunda marca o inicio de mais uma semana, de mais uns dias que se querem leves e fáceis de passar. Esta semana não é excepção. Sem querer tornar-me repetitiva, cada dia que passa é como um ano. A expectativa e a ansiedade de que os dias passem rápido apoderou-se de mim. Está em modo lapa na minha pele e em modo loop na minha mente. Acordo a contar os dias, deito-me a contar os dias, vou muitas vezes ao calendário contar os dias.. já nem sei se me faz bem ou mal, se é normal ou patetice. Tudo fruto de quem já vai tendo muito pouco que fazer (ou capacidade física para isso).
Uma pessoa cultiva amizades, faz por elas, muitas vezes, mais do que pela própria família; alteramos planos, mudamos vidas, fazemos das tripas coração para estar presente. Não fiz o que fiz por desejar algo em troca, porque quando achamos que há amizade, não precisamos esperar nada em troca.. ultimamente, vou espreitar o facebook e as minhas queridas amigas, na minha ausência (será?), parece que me substituíram muito rápido. Não fui eu que desapareci. Nos meus piores momentos, elas é que não estiveram lá. E hoje, que passo os dias sozinha, sempre à espera que o marido e a filha cheguem a casa para ter com quem conversar, ninguém (mas mesmo ninguém, impressionante!) me chega à porta.. Ando cansada, mesmo cansada de esperar e de acreditar que as pessoas tem as vidas ocupadas. Porra, existem dias de folga, existem telefones, eu não me mudei para a China..
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