Não há expressão que defina melhor como me sinto. Sobre mim, paira uma nuvem muito zen, que mistura as horas e os minutos e os segundos em muita paz e tranquilidade. Parece que fumei qualquer coisa muito forte, que me deixa assim, num estado don't worry, be happy, numa onda muito Marley. Serena. Estranhamente calma. No dia em que cair em mim e o nervosismo falar mais alto, não haverá ninguém que me aguente. E isto, digo-vos eu, que me conheço de ginjeira.
Ele era um colega, que hierarquicamente estava abaixo de mim. Entrou uns anos depois de mim para esta empresa. Foi galgando lugares enquanto um macaco come uma banana. Não me perguntem como, nem porquê. Eu desconfio, mas ia ter de dizer muito palavrão para me justificar, portanto permanecerei uma senhora de bico calado. De lugar em lugar, de tarefa em tarefa. Pouco me importa se tem a língua negra de tanta bota engraxada, se tem dificuldade em sentar-se ou se comeu o pão que o diabo amassou. Desde que ele não me prejudique, ele lá e eu aqui, e amiguinhos como dantes. Mas quando a verborreia atinge patamares de superioridade, não há como passar despercebido. Uma pessoa pode ignorar, mas e conseguir? É como tentar ignorar um mosquito a meio da noite, no quarto. Tu bem tentas, mas é mais forte que tu. A criatura vai fazer uma apresentação numa reunião. Já de si, a situação tinha aqui material de sobra para que o Ricardo Araújo Pereira fizesse um brilharete. O ser está incha
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um beijo enooooooooooooorme!