Quem me conhece sabe que eu sou muito prática. Pão-pão, queijo-queijo. Das poucas vezes que me permiti a sonhar mais alto, caí de redondo no chão. A queda foi grande, o chão é duro e cá em baixo, na terra, não se está tão bem como nas nuvens. Mas um novo ciclo se inicia. Hoje permito-me a sonhar um bocadinho, pouco a pouco de cada vez, quase a conta-gotas. Porque não podemos viver de sonhos, mas são eles que comandam a nossa vida. E quer queira, quer não, teimosa que sou em alcançar a minha felicidade, não posso negar que de pequenos sonhos se conseguem os grandes. Que esta vida não está para fracos, tristes e sem alento.
... mesmo que depois de um interregno de quase 3 anos. Podia contar a história daquela que foi ali comprar tabaco e nunca mais apareceu. Poupo-vos o melodrama. No meu caso, é mais a história daquela a quem a vida se voltou de pernas para o ar, que sem saber como nem porquê, vim parar ao médio oriente e já por aqui ando há quase dois anos. Nos entretantos, traí o blogger com o Wordpress. Relações modernas. Nada de mais. É que lá estava mais à vontade para falar da vida de emigrante. Mas, não há amor como o primeiro [dizem], bateu uma saudade imensa. Vim aqui de soslaio, só naquela de ver se ainda sentia a química. Nem de propósito ser o primeiro dia do ano e, tal e qual uma ressacada, não resisti em reacender a chama. Se é para toda a vida, até que a morte nos separe? Não sei. Talvez. Quem sabe. Até agora estamos a ganhar ao José Carlos Pereira e à Liliana Aguiar no junta-separa.
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