Tive uma noite terrível. Insónia, calor, dor nas pernas, nas costas, sem posição para dormir, comichões, sede, mais dores e dores. Eram quase cinco da manhã quando adormeci por exaustão. Eram seis e pouco quando voltei a acordar, cheia de dores nas costas. Sei que da outra vez, o calor e o inchaço eram os meus piores inimigos. Passei o mês de Agosto e o de Setembro a rezar para que passasse depressa. Desta vez são as malditas dores no corpo que não me deixam descansar. E ainda por cima, do pouco que dormi, lembro-me de ter um sonho agitado, do qual só tenho flashbacks nada agradáveis.. Acho que hoje vou andar em modo zombie. Acho, não.. tenho a certeza.
Ele era um colega, que hierarquicamente estava abaixo de mim. Entrou uns anos depois de mim para esta empresa. Foi galgando lugares enquanto um macaco come uma banana. Não me perguntem como, nem porquê. Eu desconfio, mas ia ter de dizer muito palavrão para me justificar, portanto permanecerei uma senhora de bico calado. De lugar em lugar, de tarefa em tarefa. Pouco me importa se tem a língua negra de tanta bota engraxada, se tem dificuldade em sentar-se ou se comeu o pão que o diabo amassou. Desde que ele não me prejudique, ele lá e eu aqui, e amiguinhos como dantes. Mas quando a verborreia atinge patamares de superioridade, não há como passar despercebido. Uma pessoa pode ignorar, mas e conseguir? É como tentar ignorar um mosquito a meio da noite, no quarto. Tu bem tentas, mas é mais forte que tu. A criatura vai fazer uma apresentação numa reunião. Já de si, a situação tinha aqui material de sobra para que o Ricardo Araújo Pereira fizesse um brilharete. O ser está incha
Comentários