Mudar de casa, quiçá de cidade. Vontade não nos falta, falta-nos o resto. As oportunidades, o lugar-seguro, a estabilidade [ou lá como se chama a efémera certeza de que está tudo como deve de estar]. Andamos cansados disto, de um quadro que não tem horizonte pintado, sem grandes perspectivas de daqui a cinco anos estarmos na mesma. E não estamos mal, mas não estamos seguramente confortáveis. Já não nos prendem coisas como os amigos de sempre, ou a tranquilidade, ou os dias de sol. As nossas razões já se prendem com um futuro que queremos ver mais risonho e que não sabemos como torná-lo possível. A ser concretizado a médio-prazo, não sei como vou conseguir deixar o meu Algarve e rumar a outras paragens. Mas que é um mal necessário, é.
Ele era um colega, que hierarquicamente estava abaixo de mim. Entrou uns anos depois de mim para esta empresa. Foi galgando lugares enquanto um macaco come uma banana. Não me perguntem como, nem porquê. Eu desconfio, mas ia ter de dizer muito palavrão para me justificar, portanto permanecerei uma senhora de bico calado. De lugar em lugar, de tarefa em tarefa. Pouco me importa se tem a língua negra de tanta bota engraxada, se tem dificuldade em sentar-se ou se comeu o pão que o diabo amassou. Desde que ele não me prejudique, ele lá e eu aqui, e amiguinhos como dantes. Mas quando a verborreia atinge patamares de superioridade, não há como passar despercebido. Uma pessoa pode ignorar, mas e conseguir? É como tentar ignorar um mosquito a meio da noite, no quarto. Tu bem tentas, mas é mais forte que tu. A criatura vai fazer uma apresentação numa reunião. Já de si, a situação tinha aqui material de sobra para que o Ricardo Araújo Pereira fizesse um brilharete. O ser está incha
Comentários
E quem te diz que não será bem melhor?!
Eu só desejo tudo de bom querida.
Quero em Agosto conhecer-te pode ser?
Beijoca
Beijo!!