Hoje de manhã, li no jornal, qualquer coisa como se a pena de morte seria o ideal para 'travar' a onda de criminalidade neste país. Naquele momento quase que gelei. Sou a favor da vida, que Deus nos dá e nos tira, que nenhum ser humano tem autorização para tirar a vida a ninguém.
Depois, vejo na tv casos como o de o monstro de Beja que mata a própria família, de assaltantes que entram de arma em punho para roubar o alheio, do empresário português morto no Brasil, dos inúmeros casos de violência gratuita que acabam em morte de vitimas. E isto porque, neste pacato país, qualquer criminoso sabe que, por muito dura que possa vir a ser a sua vida, depois de preso, dificilmente obterá a pena máxima, porque a justiça funciona mal e porque passados uns tempos em que se portam bem e são meiguinhos, já estão cá fora outra vez. Muitas vezes, para voltarem a reincidir.
Querem-me dizer que se houvesse o espectro de um castigo deveras pesado, as coisas abrandavam? Talvez não. Mas ao invés de 25 anos, que se imponha a perpétua. Para que as pessoas que decidem entrar na vida do crime (já seja ele qual for, uma vez que já quase todos envolvem armas!) soubessem que iam passar o resto dos dias a ver o sol aos quadradinhos.
Porque eu já tenho tanto medo do futuro, que não consigo conceber que, no país onde pago os meus impostos, tenha que viver desconfiada, a olhar por cima do ombro, sem saber quando estarei no sítio errado, à hora errada..
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