Avançar para o conteúdo principal

About me [considerem-se já avisados.]

Não sou de presunções, nem de lamechices. Ou gosto ou não gosto. E quando não gosto, não como. Não sou de engolir girinos, quanto mais sapos. A falsa inteligência e o falso glamour irritam-me solenemente. As pseudo-ultra-fashion provocam-me náuseas. Vivo de uma forma normal, como uma pessoa normal, dentro das minhas possibilidades, fiel aos meus princípios. Acredito no amor para sempre, porque é isso que me motiva a viver uma vida feliz. Se erro, se falho, se perco, se desespero, se ganho, se encontro, se triunfo, tudo isso depende de mim. Só de mim. Já bati no fundo e voltei para cima. É tudo uma questão de querer.
Não sou pessimista, nem optimista. Vivo a minha realidade. Não a das imagens que vou buscar à net para colar no blog. Isso, são apenas molduras bonitas. Não são um espelho. Não consigo andar mais que meia hora em cima de saltos altos sem começar a pensar em palavrões e sem que me comecem a doer todos os dedinhos. Não gosto de unhas de gel, nem faço questão de andar com elas pintadas com a cor de ultima hora. Não ando em ginásios, nem faço massagens Thai. O ordenado ridículo que ganho por trabalhar 12 horas por dia não me permite andar vestidinha da cabeça aos pés com as últimas tendências, portanto muita da minha roupinha vai passando de ano para ano e faço um esforço por não a estragar muito. E, verdade das verdades, quase toda comprada em saldos, que é quando está bem escolhida por todos, mas aos preços mais acessíveis. E isto, claro, porque ao achar que o amor é para sempre, achamos que deveríamos encarnar em forma humana o fruto do nosso amor: a nossa filha. E para ela, obviamente, não pode faltar nada. Logo, não há devaneios em lojas de roupas e sapatarias com coisas que são prescindíveis cá em casa.
Tento viajar sempre que posso, claro. Que o melhor que levamos deste mundo são as memórias. Mas até nisso faço contas à vida. E já não sei o que é viajar sem ser em low-cost, ficar em hotéis low-cost e a comer em espaços baratuchos. Mas ao menos posso dizer que estive lá. Que fiz parte daquele sitio. E posso trazer as memórias.
Preservo os meus, com unhas e dentes e passo por cima de quem for preciso para os defender. E para casa só trago o que levei comigo quando saí, portanto o que tenho a dizer não fica para amanhã: sai no momento. 
Tenho na bagagem da vida muitas pessoas que me ensinaram que lutando tudo se consegue, que as coisas não aparecem no nosso colo por obra e graça. E é parte desse legado que quero deixar também.
Não consigo achar piada à moda dos vampiros e das Bellas muito brancas, em argumentos que mais parecem porno-chachadas; e não consigo perceber que mal fez o Eça para ser tão desprezado hoje em dia.
Acho que quem gosta de música sabe apreciar cada género, sem ter de ser necessariamente fã. E acho que devíamos todos, sem excepção, ser obrigados a ter aulas de civismo, todas as semanas da nossa vida, para que pudéssemos todos viver em sociedade, como seres humanos que somos.
E agora já podem começar a questionar, porque raio se deram ao trabalho de ter sequer feito clique no link do blog, e voltar às vossas vidas.

Comentários

Panda disse…
Epá, aplausos, mesmo. Está muito bem e diz tudo aquilo que muitos não queremos ouvir, nem admitir. Dou-te os meus parabéns por seres uma pessoa, uma pessoa real e não uma Barbie.
clap clap clap. De pé Ritinha.
Escreveste tanto que queria ter tido eu a coragem de o fazer. Clap clap clap
beijo gigante de admiração e respeito
Gaja Maria disse…
Gostei! Precisamente aquilo que a maioria das pessoas é e não tem coragem de admitir... :)
Turista disse…
Querida Rita, muitos parabéns por este magnífico texto, com que me identifiquei, naquilo que é o seu cerne: a vida sem máscaras, tal como ela é!
Vou fazer link, lá para a Turista. Se por acaso não gostares, eu retiro, sim?
Obrigada, por existirem pessoas como tu que fazem parte do meu dia-a-dia.
Anónimo disse…
Ritinha!
Como eu te compreendo, como eu me identifico, mas com uma diferença, não sei se aguento os tais 30 minutos nos saltos altos.....
Baci*querida e bom sábado para todos vos.
Anónimo disse…
Olá,
gostei muito de ler o teu texto.
Ao ler a Turista «clikei» no teu link.
Olha, a tua sinceridade é ouro. Mas, temos de dar espeço a todas as meninas de se expressarem como gostam.
Umas tiram fotos em saltos altos, outras pintam as ultimas nas últimas tendências de verniz, etc...compreendo o que dizes mas todoas nos temos um Conceito de blog.
Olha, o meu...é dar Alegria, Alento um pouco para quem o lê.
Entendes?
Acho que mm existindo sempre um alguém que se «mascara» deixa lá. Não fiques triste com isso...as pessoas têm carências e libertam-se nos blogs. Eu acho q é isso.
Ou seja, gostam tt de moda que aplicam lá as suas «buscas», ideias...Não leves tanto a peito!

Bjs
Fica bem
Rita disse…
olhem.. vocês deixaram-me sem graça agora. Corei. Babei.
Obrigada pelas vossas palavras! OBRIGADA de coração.
E sim, querida Turista, não me importo nada, podes levar o que quiseres! :)
Ena.. :)
Anónimo disse…
Se tivesse uma equipa de futebol, contratava-te para...jogares à defesa :)))))
Unknown disse…
fizemos clique porque gostamos do teu "eu" ... e voltamos sempre !! :))

gostei **

Mensagens populares deste blogue

Eu podia ignorar, mas é mais forte que eu.

Ele era um colega, que hierarquicamente estava abaixo de mim. Entrou uns anos depois de mim para esta empresa. Foi galgando lugares enquanto um macaco come uma banana. Não me perguntem como, nem porquê. Eu desconfio, mas ia ter de dizer muito palavrão para me justificar, portanto permanecerei uma senhora de bico calado. De lugar em lugar, de tarefa em tarefa. Pouco me importa se tem a língua negra de tanta bota engraxada, se tem dificuldade em sentar-se ou se comeu o pão que o diabo amassou. Desde que ele não me prejudique, ele lá e eu aqui, e amiguinhos como dantes.   Mas quando a verborreia atinge patamares de superioridade, não há como passar despercebido. Uma pessoa pode ignorar, mas e conseguir? É como tentar ignorar um mosquito a meio da noite, no quarto. Tu bem tentas, mas é mais forte que tu.   A criatura vai fazer uma apresentação numa reunião. Já de si, a situação tinha aqui material de sobra para que o Ricardo Araújo Pereira fizesse um brilharete. O ser está incha

Rogo-te uma praga, que nunca mais te endireitas..

.. porque sou uma moça da Vila e não levo nada pra casa comigo. Por isso, antes de se meterem aqui com a je , pensem duas vezes! :) Que podem saltar-me boca fora maravilhas como estas: « - Só queria que a tua língua crescesse tanto que chegasse aonde chegam os lampaços do farol da barra.» « - Permita Deus que tenhas uma febre tão grande, tão grande, que até te derreta a fivela do cinto. » « - Permita Deus que fiques tão magro, tão magro que possas passar pelo fundo de uma agulha de braços abertos.» « - Não sabia dar-lhe uma dor tão grande que nunca mais parasse, que quanto mais corresse mais lhe doesse e se parasse rebentasse. » « - Não sabia nascer-lhe um par de cornos tão grandes, tão grandes, que dois cucos a cantarem, cada um em sua ponta, não se ouvissem um ao outro. » « - Não lhe desejo mal nenhum. Só queria que vivesse mais 100 anos e engordasse um quilo por dia. » «- Não sabia dar-te uma dor de barriga tão grande que só cagasses pedra britada.» « - Permita Deus que toda a comi

Achei que o corte de cabelo da Letizia merecia o meu regresso..

  Se isto não é um exemplo de modernidade, não sei o que lhe chamar. A rapariga não é só a rainha de Espanha, é uma mulher moderna. E como mulher moderna que se preze, cuida da sua imagem. E só por esse gesto de corte com o tradicional e o correcto, só posso aplaudir a atitude. Já não posso dizer o mesmo da magreza. Num momento em que se apela ao fim da magreza extrema como sinónimo de beleza, num momento em que se defende um corpo saudável, ela aparece com as costas a descoberto.. e não consigo pensar em nada de positivo nesta imagem.