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insomnia


Não há muitas coisas que me tirem o sono, senão o bem-estar dos meus. Ontem fui para a cama com a estranha sensação de vazio. Por mais que desse voltas e voltas, não conseguia adormecer. Não era um aperto ou um pressentimento, nem nada de esotérico. Era a minha cabeça, perdida em mil pensamentos, que choviam como meteoros diante dos olhos. E a casa em silêncio ainda me perturbava mais, porque prefiro que esta angustia me assalte no calor de uma casa cheia, deixando-me abstrair nas conversas dos outros, levando com os risos, os passos, as vozes, os pensamentos mais obscuros que tenho. Para longe. Por isso, o frio da noite tanto me incomodava. Logo eu, que sempre gostei da noite. Estava ali, como que pregada ao colchão, imóvel, num turbilhão de pensamentos e sensações, que só me levavam a ti. Tenho uma nova vida dentro de mim, sabias? Provavelmente nem queres saber. As saudades são terríveis. Sobretudo, no silêncio da noite.

Comentários

Anónimo disse…
Como já te acompanho a algum tempo, quase que dou por mim a imaginar quem será que esta por detrás dessas palavras.
E assim daqui de longe envio o mais carinho abraço.
Um beijinho bem quente querida

Baci*
cristina disse…
Descobri este blogue há pouco e já sou fã!!!
Estou viciada nos post's ...
Vai daqui 1 beijo e força !

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