A trabalhar durante a noite há 4 dias, estou com o ar que uma desenterrada deve ter. Amarro o cabelo num rabo-de-cavalo, escondo-me atrás dos óculos escuros, emborco uma chavena enorme de café pela goela e desafio o mundo às três da tarde. Meto-me no carro e vou em piloto automático até à porta da escola da pequena. O mundo dela está quase desfeito com falta de energia, que a gastou toda em correrias, jogos e saltos no recreio. O meu mundo acabou de acordar. É isto. Ser uma mãe moderna, que trabalha por turnos e mal dorme. Não me queixo, esta foi a vida que escolhi. E estou feliz por ela ser assim. Haja saúde, haja alegria! (e música!)
... mesmo que depois de um interregno de quase 3 anos. Podia contar a história daquela que foi ali comprar tabaco e nunca mais apareceu. Poupo-vos o melodrama. No meu caso, é mais a história daquela a quem a vida se voltou de pernas para o ar, que sem saber como nem porquê, vim parar ao médio oriente e já por aqui ando há quase dois anos. Nos entretantos, traí o blogger com o Wordpress. Relações modernas. Nada de mais. É que lá estava mais à vontade para falar da vida de emigrante. Mas, não há amor como o primeiro [dizem], bateu uma saudade imensa. Vim aqui de soslaio, só naquela de ver se ainda sentia a química. Nem de propósito ser o primeiro dia do ano e, tal e qual uma ressacada, não resisti em reacender a chama. Se é para toda a vida, até que a morte nos separe? Não sei. Talvez. Quem sabe. Até agora estamos a ganhar ao José Carlos Pereira e à Liliana Aguiar no junta-separa.
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