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estar no meu corpo nos anos 90.. #4

.. era dar pontapés no ar e murros no oxigénio, enquanto se balançava o corpo de um lado para o outro, numa mistura de «parece que estou a enxotar moscas» e «sou a maior a dançar martelinhos». não querendo entrar na indumentaria que o meu corpo vestia nos anos 90 (haverá tempo para isso), só quero sublinhar o quão era surreal sair à noite, as promessas de boas notas nos testes até ao ultimo ano de universidade e a capacidade de persuasão que era necessária para convencer a mãe de que à meia-noite é que a pista abria e era quase que vergonhoso ter de estar em casa a essa hora. acho que ainda sinto borboletas no estômago cada vez que me lembro do dia em que consegui a proeza de poder chegar a casa às duas da manhã. para mim, era o exponente máximo da liberdade. ui.





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A boa filha à casa torna..

... mesmo que depois de um interregno de quase 3 anos. Podia contar a história daquela que foi ali comprar tabaco e nunca mais apareceu. Poupo-vos o melodrama. No meu caso, é mais a história daquela a quem a vida se voltou de pernas para o ar, que sem saber como nem porquê, vim parar ao médio oriente e já por aqui ando há quase dois anos.  Nos entretantos, traí o blogger com o Wordpress. Relações modernas. Nada de mais. É que lá estava mais à vontade para falar da vida de emigrante. Mas, não há amor como o primeiro [dizem], bateu uma saudade imensa. Vim aqui de soslaio, só naquela de ver se ainda sentia a química. Nem de propósito ser o primeiro dia do ano e, tal e qual uma ressacada, não resisti em reacender a chama. Se é para toda a vida, até que a morte nos separe? Não sei. Talvez. Quem sabe. Até agora estamos a ganhar ao José Carlos Pereira e à Liliana Aguiar no junta-separa. 

isto faz o meu estilo #4