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estou zangada com os senhores da publicidade.

Vamos lá ver uma coisa, óh senhores da Ok Teleseguro:

- Que raio de imagem descriminação à condução feminina é que vocês pretendem passar? Hã?

Então, quer dizer que, no spot publicitário onde aparece a senhora a questionar o marido, se quer as boas ou as más notícias, o airbag do carro dele, funciona na perfeição. E porquê? Porque a senhora bateu com o carro.
No spot onde aparece o senhor, todo compostinho a falar com a sua esposa, chama-se o reboque porque o carro deixou de fazer barulhos estranhos. Obviamente, avariou na estrada.
Resumindo: a mulher bate com o carro do marido. O homem, que é um condutor responsável, teve a chatice, de o carro ter avariado no meio do nada.
Pois tá claro que, enquanto mulher, fico chateada. Primeiro: porque raio não poderia a pobre desgraçada ter batido com o próprio carro, mas sim com o carro do marido? Ora, antevêm-se aqui chatices para a rapariga. Vai ter que levar com o marido a chagar-lhe a cabeça por ter batido, quiçá se o dito for violento, isto incita à violência doméstica. No mínimo dos mínimos, vai ter que andar uns tempos a ser gozada, por ser uma naba a conduzir, pondo em prática todas as gracinhas e anedotas sobre mulheres ao volante.
Já o jovenzinho, cujos dotes de excelente condutor não podem ser postos em causa, não vão os homens deste Portugal sofrer um vexame traumático, tem uma simples avaria no carro. Assim, livra-se de ser gozado e de nunca mais ninguém querer andar à pendura com ele sem ir agarrado a um terço.
Pois eu cá digo: homem que é homem, assim que ouve um barulho estranho no carro, monta-se nos sapatos e vai ao mecânico. Não fica à espera de ficar avariado na estrada.


Espero bem que, numa próxima campanha publicitária, tenham em atenção a realidade. Porque a ficção é para as novelas, para Hollywood. Para se adquirir um produto, quer-se a realidade, a verdade sobre o mesmo. Pelo menos a transparência sobre o quê e onde vamos deixar o nosso dinheiro. Porque a próxima vez que eu deitar os olhos à OK Teleseguro, vou olhar para a companhia como a companhia que acha que as mulheres conduzem mal. E não vou querer saber mais.


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