Eu quase que fiz um pacto comigo mesma. Não ia colocar aqui nada que tivesse a ver com o casamento dos bifes reais. Mas, fraca que sou, não resisti à tentação. A noiva ia muito bonita, não há dúvidas. A irmã da noiva estava deslumbrante, sem tirar o protagonismo da mana, conseguiu dar (e de que maneira!) nas vistas. A rainha (mais um bocadinho e parecia um ovo estrelado), a mãe da noiva, até a boa da Camila estavam como deviam estar, não fugindo ao que já é habitual.. Mas estas, as que se seguem, das duas uma: ou têm um gosto muito duvidoso, ou fizeram de propósito. Definitivamente, o que não vestir se não quiser ser apelidada de bobo-da-corte.
Ele era um colega, que hierarquicamente estava abaixo de mim. Entrou uns anos depois de mim para esta empresa. Foi galgando lugares enquanto um macaco come uma banana. Não me perguntem como, nem porquê. Eu desconfio, mas ia ter de dizer muito palavrão para me justificar, portanto permanecerei uma senhora de bico calado. De lugar em lugar, de tarefa em tarefa. Pouco me importa se tem a língua negra de tanta bota engraxada, se tem dificuldade em sentar-se ou se comeu o pão que o diabo amassou. Desde que ele não me prejudique, ele lá e eu aqui, e amiguinhos como dantes. Mas quando a verborreia atinge patamares de superioridade, não há como passar despercebido. Uma pessoa pode ignorar, mas e conseguir? É como tentar ignorar um mosquito a meio da noite, no quarto. Tu bem tentas, mas é mais forte que tu. A criatura vai fazer uma apresentação numa reunião. Já de si, a situação tinha aqui material de sobra para que o Ricardo Araújo Pereira fizesse um brilharete. O ser está incha
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