amanhã vamos acordar assim, enrolados um no outro, no quente dos nossos lençóis e do nosso edredon IKEA. Amanhã vamos acordar assim, sentindo o respirar pausado e o bater tranquilo dos nossos corações. E pouco vou dizer e nem sequer te deixo falar, porque acabados de acordar, parece que alguma coisa morreu durante a noite nas nossas bocas, e até a sensodine espumar por entre os lábios, vamos sussurrar coisas a uma distância de segurança. Amanhã vamos acordar assim, até que o sol entre de rompante no nosso quarto e ilumine as paredes, sem despertador, sem pressas. Amanhã vamos acordar assim, apaixonados, mais que nunca, e vais fazer-me festas no cabelo e vou esperar deitada que me tragas o pequeno-almoço à cama.. e eu sei que não o vais fazer, mas também não me importo nada, porque o romantismo da cena nada tem a ver com as habilidades culinárias que não possuis. Mas foi por isso que me casei contigo. Porque amar-te significa que também tenho de te mimar. E dizem por aí que é pelo estômago que vos conquistamos. E porque acho que, embora não sejas um Jamie ou um Chakall, me alimentas de outras formas, que só tu és capaz de fazer. Como essa capacidade estonteante que tens de me fazer rir, enquanto ainda estou em modo sonâmbulo. Amanhã vamos acordar assim. Mas por enquanto, vamos dormir.
Se isto não é um exemplo de modernidade, não sei o que lhe chamar. A rapariga não é só a rainha de Espanha, é uma mulher moderna. E como mulher moderna que se preze, cuida da sua imagem. E só por esse gesto de corte com o tradicional e o correcto, só posso aplaudir a atitude. Já não posso dizer o mesmo da magreza. Num momento em que se apela ao fim da magreza extrema como sinónimo de beleza, num momento em que se defende um corpo saudável, ela aparece com as costas a descoberto.. e não consigo pensar em nada de positivo nesta imagem.
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beijo grande e doce