é assim que uma 'leitora' deste blog descreve as mães que, ao invés de estarem em casa a cuidarem dos seus filhos, os vão deixar nas cresces, infantários, escolas e afins, para poderem ir trabalhar. A julgar pelo modo como exprime tamanha consideração, das duas uma: ou é uma perfeita anormal ou anda a colecionar Hermès e PODE (efectivamente) ficar em casa com os rebentos.
A brutalidade com que se escrevem tamanhas imbecilidades faz-me confusão. Não vivemos no mesmo mundo? Pois, como mãe, amo de paixão a minha filha e nada no mundo se sobrepõe a ela. Trabalho, pois tá claro, porque o dinheiro não me cresce lá na plantinha que tenho em casa. Se preferia ficar em casa, a cuidar dela, pois preferia. Mas isto não é uma questão de preferências. São necessidades. E de ambas as partes. A criança precisa da escola e a mãe precisa do pilim para dar de comer à criancinha. E de vesti-la. E de tratá-la. Da criança, da mãe, do pai e do piriquito. Porque nem todas nascemos na familia Champalimaud. Mas, sobretudo, porque também acho que precisamos de ter uma carreira.. e sentir que somos realizadas. Como mulheres, como profissionais e como mães.
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