Quando menos esperamos, cai-nos uma bomba aos pés, rebenta, e nós apanhamos com os estilhaços. Depois, perdemos a calma. O coração parece que quer sair do peito, os suores frios misturam-se com os calores repentinos, bebem-se as lágrimas.. depois, jogamos as mãos à cabeça e incrédulos pensamos como foi tudo isto acontecer. Não acreditamos, tudo parece um sonho, mas o que nos lixa é que a coisa é mesmo real. Temos um berbicacho entre as mãos e não sabemos como lidar com ele. Os flashes de memória sucedem-se, tentamos dizer piadas para amenizar a situação e de novo, o descontrolo volta a tomar conta de nós, e choramos outra vez copiosamente e voltamos a beliscar-nos não vá o diabo tecê-las e isto não passe de um pesadelo e voltamos a cair de boca no chão e sentimos a dor da queda. É real. A nossa vida está feita em frangalhos, quando ainda hoje de manhã acordámos e éramos as pessoas mais felizes do mundo. A isto chama-se viver. Todos os dias podem acontecer fatalidades.. umas maiores que outras, umas mais graves que outras, mais ou menos ligeiras, com mais ou menos estilhaços, de vez em quando as bombas rebentam nas nossas mãos. A isto chama-se viver. E é com isso que temos de contar.. que esta vida é uma aprendizagem, de onde devemos guardar as coisas boas e aprender as lições que ela nos dá.
Hoje rebentou a maior bomba nas mãos do meu mano. Como pessoas que gostamos dele, os estilhaços vieram parar para o nosso lado também. Foi como se também a mim me tivesse rebentado um engenho. Assim, do nada, sem se fazer esperar, sem se prever, sem nunca ter havido uma suspeita. E com ele, partilho a dor que ele sente, partilho a aflição, o mau momento, a angústia, o coração partido. E tudo o que lhe posso oferecer é o meu ombro, a minha amizade e o meu desejo de que ele volte a encontrar a felicidade que julga perdida. Hoje estou por ele. Com ele. E parece-me pouco o que pouco posso fazer.
Hoje o meu mano, o homem que escolhi para padrinho da minha filha, ficou de coração desfeito. E cabe-nos a nós ajudá-lo a recolher os pedacinhos, a limpar-lhe as lágrimas, a ouvi-lo, a deixá-lo berrar e desabafar toda a dor e revolta que sente. Hoje, para ele, foi o dia da sua maior desilusão. E nisso partilho o sentimento. Não há pior coisa que sentirmos-nos desiludidos pelas pessoas pelas quais podíamos dar a vida. Eu punha as mãos no fogo por aquela que, foi hoje, também para mim, uma grande desilusão. O meu mano pôs o corpo todo, pôs o coração, pôs a vida. E desiludiu-se. E assim vão por agua-abaixo os planos de uma vida.
Hoje rebentou a maior bomba nas mãos do meu mano. Como pessoas que gostamos dele, os estilhaços vieram parar para o nosso lado também. Foi como se também a mim me tivesse rebentado um engenho. Assim, do nada, sem se fazer esperar, sem se prever, sem nunca ter havido uma suspeita. E com ele, partilho a dor que ele sente, partilho a aflição, o mau momento, a angústia, o coração partido. E tudo o que lhe posso oferecer é o meu ombro, a minha amizade e o meu desejo de que ele volte a encontrar a felicidade que julga perdida. Hoje estou por ele. Com ele. E parece-me pouco o que pouco posso fazer.
Hoje o meu mano, o homem que escolhi para padrinho da minha filha, ficou de coração desfeito. E cabe-nos a nós ajudá-lo a recolher os pedacinhos, a limpar-lhe as lágrimas, a ouvi-lo, a deixá-lo berrar e desabafar toda a dor e revolta que sente. Hoje, para ele, foi o dia da sua maior desilusão. E nisso partilho o sentimento. Não há pior coisa que sentirmos-nos desiludidos pelas pessoas pelas quais podíamos dar a vida. Eu punha as mãos no fogo por aquela que, foi hoje, também para mim, uma grande desilusão. O meu mano pôs o corpo todo, pôs o coração, pôs a vida. E desiludiu-se. E assim vão por agua-abaixo os planos de uma vida.
Comentários
Mas a isto, tal como dizes, chama-se viver, não é?