Eu não me canso de falar do meu estado de graça. No fundo, toda e qualquer mulher bafejada com o dom (e a sorte) de poder gerar vida, bem lá no fundo, sabe que é quando a vida é vivida com mais sentido, em plenitude, de acordo com a natureza.. quando estamos grávidas. Ainda ontem, deitada na chaise longue, a minha barriga abanava, sacudia, tremia. O pequeno ser, lá dentro, parecia estar em arrumações. E cá fora, o pai e a irmã (que anda em delírio, a contar os dias) assistiam maravilhados às mutações que a barriga de uma mulher sofre, quando pequenos pés, mãos e calcanhares ganham vida dentro de nós.
E dou por mim a achar que podia viver assim a vida inteira, porque é uma felicidade que não se consegue transmitir. Só se sente. Só se ama.
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